Manicure é suspeita de fraude que desviou R$ 1 milhão de banco na BA

O envolvimento de uma manicure numa fraude
de quase R$ 1 milhão na Caixa Econômica Federal, revelada nesta
quarta-feira (20) pela Polícia Federal, deixou perplexos os 9 mil
habitantes de Santanópolis, cidade do sertão baiano, vizinha a Feira de
Santana.
Moradores da cidade ouvidos pelo CORREIO
revelaram estar muito surpresos com o que ficaram sabendo logo pela
manhã, quando uma viatura da PF foi à cidade buscar a mulher de 38 anos,
cujo nome a PF não divulgou - e os moradores também preferem não
revelar.
Alvo da operação 'Inimigo Oculto', a
manicure é uma das 30 pessoas conduzidas coercitivamente (de maneia
forçada) para prestar depoimento, devido ao envolvimento na fraude. “Ela
é esposa de um microempresário que tem boas condições financeiras para o
padrão da cidade. É bem conhecida, então isso deixou todo mundo
surpreso porque ninguém imaginava que pudesse ocorrer algo assim”,
explica uma atendente de farmácia, sob anonimato.
“Não a conheço pessoalmente, mas de uma
forma ou de outra a gente acaba sabendo quem é por ser uma cidade
pequena. É um fato lamentável para a nossa cidade”, diz o comerciante
José Tadeu Lima dos Santos, 52.
Por se tratar de uma condução coercitiva, a
manicure foi liberada logo após ter prestado depoimento na sede da
Polícia Federal, em Salvador. A operação foi realizada por policiais de
Brasília, onde se concentram as investigações.
Além da Bahia, o estado do Pará também foi
alvo da operação, que cumpriu três mandados de prisão temporária e três
mandados de busca e apreensão. A Justiça Federal também determinou o
bloqueio da quantia aproximada de R$ 950 mil nas contas dos
investigados.
As ordens judiciais foram cumpridas
principalmente em Brasília e no entorno. As três investigadas que são
alvos dos mandados de prisão são ex-prestadoras de serviço da Caixa e
teriam desviado os valores graças à concessão fraudulenta de 46
empréstimos pessoais, em sua maioria, destinados a familiares e amigos.
Para viabilizar os empréstimos, elas
utilizavam senhas pertencentes a empregados da Caixa, o que
possibilitava e inserir dados no sistema, incluindo-se rendas fictícias,
sem a apresentação de qualquer documento comprobatório.
Quando os empréstimos eram creditados nas
contas indicadas, os investigados efetuavam diversos saques e
transferências, evitando que a Caixa, após identificar a fraude,
bloqueasse os valores.
Os investigados serão indiciados por
estelionato qualificado, falsificação de documento público, associação
criminosa e lavagem de dinheiro.
Manicure é suspeita de fraude que desviou R$ 1 milhão de banco na BA
Revisado by CM
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quinta-feira, setembro 21, 2017
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