
"Eu perguntava a Deus: Por que eu? Por que eu no meio de tanta gente no mundo?", comentou a adolescente, em reportagem do "Metro".
Como não podia entrar em transporte público, Julienne tinha que andar até a escola. Todo dia, eram quase duas horas a passos vagarosos e sob sol escaldante.
A cirurgia foi realizada pela entidade Mercy Ships, que faz operações gratuitas em pacientes pobres, principalmente com problemas ortopédicos e tumores. Os procedimentos são realizados em navios.
"Essa não sou mais eu. Aquelas pernas não são minhas. Essa garota não sou eu", desabafou a jovem ao ver fotos de antes da cirurgia.
Julienne ficou meses internada para a cirurgia e para sessões intensivas de fisioterapia. Agora, de volta ao vilarejo, ela não é mais chamada de bruxa.
"Deus tem um amor especial por mim", comentou.