
Com
o início da safra agrícola 2018/2019, mais uma vez os agricultores se
preparam para garantir a produtividade com segurança no campo. Dentre as
atividades que garantem o suporte para a agricultura baiana, o setor da
aviação agrícola é um dos principais fomentadores para o
desenvolvimento tecnológico, principalmente no combate e defesa de
pragas, a exemplo da ferrugem da soja e o bicudo do algodoeiro no
algodão. O Brasil tem a segunda maior e uma das mais eficientes aviações
agrícolas do Mundo. Segundo a Agência Nacional de Aviação Agrícola
(ANAC), que fiscaliza e monitora o setor, são mais de 2 mil aviões
agrícolas no País, 240 empresas aeroagrícolas e 548 operadores privados,
disponíveis para contribuir com a agricultura de forma mais eficiente
como a semeadura e aplicação de fertilizantes, trato de florestas,
combate a incêndios florestais, povoamento de rios e lagos.

Ao
contrário do comumente se pensa, a aplicação de defensivos pelas
aeronaves é ainda mais seguro para o meio ambiente e para os
colaboradores envolvidos, diante da regulação e legislação específicas,
cuja operação é fiscalizada por pelo menos cinco órgãos, como o
Ministério da Agricultura, ANAC, IBAMA, secretarias estaduais e
prefeituras, além de Ministério Público, CREA e outras instituições.
Diante de toda a fiscalização, o presidente do Sindicato Nacional das
Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Júlio Augusto Kampf, reforça
sobre a segurança de todo o processo e que há muitos mitos que envolvem
principalmente a aplicação de defensivos agrícolas no campo.
Além
do fato de não se ter ninguém no campo no momento da aplicação, Kampf
explica que é preenchido um relatório com informações profissionais,
produto, condições meteorológicas, mapa com a localização da área
aplicada e como foi o sobrevôo, sendo enviado mensalmente para o
controle aos órgãos de fiscalização. “Não há como ocorrer o uso
indiscriminado de defensivos na aviação agrícola. É uma ferramenta
complexa de operação e bastante controlada e regulada. É um processo
seguro e sem riscos de contaminação entre os envolvidos e do próprio
alimento, é o que aponta os relatórios da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), afirma.
O presidente da Associação Baiana
dos Produtores de Algodão, o produtor rural Júlio Busato, explica que o
uso de aeronaves tem sido o principal diferencial no combate das pragas e
doenças, a exemplo do bicudo do algodoeiro, por conta da eficiência,
velocidade e segurança no suporte na aplicação dos defensivos agrícolas
nas lavouras.
“Sem o uso das aeronaves, precisaríamos utilizar
uma quantidade muito maior de defensivos e com uma exposição mais
prolongada do produto na lavoura. A depender do tamanho da área
cultivada, a aplicação área tem o custo x benefício bem melhor do que a
terrestre, o que seria necessário uma quantidade maior de aplicações e
com menos eficiência no campo”, afirma. Ainda, segundo Busato, é um
processo seguro que minimiza o impacto para o meio ambiente e o risco a
segurança dos colaboradores.
Há 13 anos atuando na manutenção de
aeronaves no oeste da Bahia, o sócio-proprietário da ABA Manutenção de
Aeronaves, Ruddigger Alves da Silva, reforça a importância da aviação
agrícola para o desenvolvimento econômico e social. “Hoje, cerca de 200
pessoas ligadas à empresa estão direta e indiretamente ligados ao setor
de aviação agrícola na região. Antes, os serviços de manutenção eram
realizados em outras capitais, como Salvador e Goiânia. Ao longo de todo
este tempo, estamos formando mecânicos da própria região, que vem se
capacitando e se adequando aos rigorosos protocolos da aviação civil no
Brasil, principalmente quando se trata em uso para aplicação de
defensivos nas lavouras”, afirma ele, que acredita no desenvolvimento da
agricultura da região para aumentar os postos de trabalhos qualificados
e a renda para o oeste da Bahia.
Assessoria de Imprensa Abapa 08/11/18