
A família da professora de 22 anos suspeita de assediar uma aluna de 13 anos em uma escola da Ribeira, em Salvador, disse que a mulher nega as acusações. A jovem vai responder pelo caso em liberdade após passar por audiência de custódia, nesta sexta-feira (6).
"Ela fez um grupo [em um aplicativo de mensagens] para mandar materiais didáticos para os alunos e a menina veio até o privado para falar sobre a relação que tinha com a família. Não existiu essa história de assédio e fotos", disse um familiar da professora, que não quis revelar a identidade.
De acordo com o parente da jovem, a família da vítima, apesar de ter denunciado a professora, não conseguiu comprovar o crime. "Eles só alegaram que tinha fotos dela, mas não mostraram as provas".
Segundo o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), o juiz plantonista pediu o relaxamento da prisão da suspeita porque não houve comprovação de crime para que ela fosse encaminhada para o presídio.
A jovem é estudantes de pedagogia e atuava na unidade de ensino há um ano, como estagiária de matemática. Ela foi desligada das atividades na escola após a denúncia dos pais da adolescente.
Segundo o TJ, a Polícia Civil já concluiu o inquérito, que foi enviado para o Ministério Público da Bahia (MP-BA) que vai decidir se denuncia ou não a professora à Justiça.
Caso

Segundo Jerônimo Santana, advogado da família da vítima, o caso foi
descoberto depois que os pais da menina encontraram fotos e vídeos
íntimos da professora no celular da adolescente.
A família comprou um aparelho novo para ela e, ao ativar o celular antigo para a irmã mais nova, o conteúdo foi encontrado.
A prisão da professora ocorreu na quinta-feira (5), depois que a
família da adolescente esteve na escola, acompanhada do advogado, para
comunicar o fato à direção.
Na ocasião, a diretoria da escola acionou a ronda escolar da Polícia
Militar, que levou a professora para a Delegacia de Repressão a Crimes
Contra a Criança e ao Adolescente (Dercca).
Segundo o advogado da família da vítima, as duas mantinham um relacionamento virtual há cinco meses.
Ainda conforme o advogado, a adolescente disse nunca ter beijado a
professora, mas a família não acredita porque as duas se encontravam
diariamente na escola.
A professora foi autuada pela Polícia Civil pelo artigo 241 do Estatuto
da Criança e Adolescente (ECA), que tipifica aliciamento, assédio,
instigação ou constrangimento, por qualquer meio de comunicação, com o
fim de praticar ato libidinoso. Do G1