O
ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA) e seu irmão, o ex-deputado
federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), serão julgados pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) na próxima terça-feira (24). A Segunda Turma vai decidir
se os condena ou absolve no famoso caso do “bunker”, dos R$ 51 milhões
apreendidos em um apartamento no bairro da Graça, em Salvador.
Geddel
e Lúcio viraram réus em maio do ano passado pelos crimes de lavagem de
dinheiro e associação criminosa. No caso do ex-ministro, a
Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que ele seja condenado a 80
anos de prisão. Além disso, o órgão quer que ele e Lúcio devolvam R$
43,6 milhões aos cofres públicos e paguem uma multa por danos morais
coletivos no valor de US$ 2,688 milhões.
Segundo
informações do G1, Para a PGR, o dinheiro apreendido na capital baiana
vem de propinas pagas pela Odebrecht, repasses do operador financeiro
Lúcio Funaro e desvios de políticos do MDB.
“Afirma
a Procuradoria-Geral da República que os valores originários destas
práticas delituosas foram submetidos a atos de ocultação e dissimulação
por parte dos denunciados. Desse modo, desde o ano de 2010 até janeiro
de 2016, as quantias em espécie oriundas dos crimes anteriores teriam
sido ocultadas na residência de Marluce Vieira Lima (mãe de Geddel)”,
resume o ministro Luiz Fachin no relatório do processo.
Na
manifestação final, Geddel e Lúcio argumentam que há nulidades em
laudos incluídos no processo e inexistência de provas de que a origem do
dinheiro era ilegal.