Depois de tentar reencontrar um amor da juventude, o aposentado Fernando Tolendall descobriu que teve um filho com a ex-namorada da década de 1960.
Só após essa investigação, é que o aposentado conseguiu conhecer o filho Luiz Kurpan, de 65 anos, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O encontro aconteceu na segunda-feira (25).
“Eu nem imaginava. Ela nunca me falou nada. Eu não sabia nem que estava grávida”, disse o pai.
O encontro, segundo Tolendall, foi possível por causa do amigo e policial federal João Gilberto Silva Cavalcante.
Ele trabalha no escritório de inteligência do Ministério da Justiça e, a pedido do amigo, começou a procurar pela ex-namorada do aposentado.
Segundo Cavalcante, durante as investigações, ele descobriu que a ex-companheira morreu neste ano.
Mesmo assim o policial continuou as buscas, para tentar descobrir algo sobre a história da antiga paixão do amigo dele. Foi então, conforme Cavalcante, que chegaram até o filho de Tolendall.
Depois de perceber a semelhança do filho com a irmã do amigo, o policial ligou para Kurpan e combinou o encontro.
"Eu falei: 'tem um senhor que morou e conheceu sua família e queria muito reencontrar algum parente da Ana'", relembrou da conversa ao telefone.
Segundo Kurpan, foi emocionante o momento em que Cavalcante falou sobre o pai.
“Em poucas palavras eu já senti que tinha achado meu pai. Naquele momento eu me arrepiei."
De acordo com o empresário, a mãe biológica o entregou para ser criado por outra família.
Ele disse que sempre procurou pelo pai biológico, mas não tinha informações corretas e, por isso, não conseguiu encontrá-lo antes.
“Eu fui criado por uma família muito boa, que me ajudou muito. Mas sempre tinha aquela ansiedade de saber quem era o meu pai."
Atualmente Kurpan mora em Porto Seguro (BA) e Tolendall em Brasília (DF). Após o encontro, pai e filho prometeram estreitar os laços familiares.
“Agora eu não largo mais dele. Vamos andar juntos, vamos pescar, vamos fazer tudo que nós podemos fazer”, disse Kurpan.
Segundo Cavalcante, os dois fizeram o teste de DNA. Mas, para ele, a semelhança do filho com a irmã do aposentado entrega que o exame não é necessário.
no G1 Oeste e Sudoeste.