Edicleia Pereira Dias, diretora da Escola Municipal Cosme de Farias, em Camaçari, montou um “banco de absorventes” para combater a evasão escolar feminina em sua unidade de ensino. A ideia consiste em disponibilizar absorventes para que as alunas possam utilizar tanto na escola quanto em casa, não deixando de frequentar as aulas. As informações são do portal Nossa Metrópole.
“A gente começou a investigar com os familiares o que estava acontecendo. Geralmente, as famílias não abrem de cara, mas a própria aluna diz: ‘ah, foi porque eu fiquei menstruada’. Aí a gente vai para conversa: ‘mas por que você não veio assim mesmo? Tava sentindo cólica, estava doente?’. Até chegar na necessidade do absorvente demora um pouquinho, porque é uma questão de confiança você relatar para o outro uma fragilidade sua. E aí elas começam a dizer que não tem”, relatou a diretora.
“Eu informei para elas: ‘toda vez que você precisar do absorvente, você me pede que eu tenho para lhe dar’. Aí eu ficava pedindo aos funcionários, professor, todo mundo colabora”, contou Edicleia, que trabalha há 10 anos na escola.
O banco foi montado há dois anos. A diretora afirma que o período de permanência na escola aumentou, já que a demonstração de acolhimento e a confiança com os professores foram consolidadas.
A escola atende alunos do 6º ao 9º ano, com idade de 10 a 17 anos. Do total de estudantes, 270 são meninas e cerca de 30% delas vivem em situação de vulnerabilidade social. A condição de vida dessas garotas e a falta do absorvente resultam em uma média de 40 a 50 faltas no ano letivo.
Segundo Edicleia Dias, o absorvente é apenas um paliativo e a discussão ultrapassa o uso do material. “A questão é muito mais séria. Você ter que escolher entre comprar um pão ou ter que comprar um desodorante. Você ter que comprar o leite e na hora da divisão do leite, você optar pelos mais novos, porque você adolescente pode aguentar a fome. Então, é nessa realidade que eu trabalho”, relatou a diretora ao portal Nossa Metrópole.
Em Camaçari, outras pessoas se sensibilizaram e começaram a ajudar na iniciativa, como a bailarina Angela Cheirosa, que dá aula de dança do ventre na Escola Cosme de Farias. Através de um post publicado em suas redes sociais, a bailarina iniciou uma campanha de apoio ao banco de absorventes criado por Edicleia. Desde então, algumas caixas e pacotes de absorvente já foram doados para as alunas do colégio.
A Escola Municipal Cosme de Farias está aberta a doações, tanto de absorventes como de materiais básicos de higiene. A unidade escolar está de recesso e retoma as atividades no dia 6 janeiro. A partir da referida data, é possível fazer a doação de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. (BN)
“A gente começou a investigar com os familiares o que estava acontecendo. Geralmente, as famílias não abrem de cara, mas a própria aluna diz: ‘ah, foi porque eu fiquei menstruada’. Aí a gente vai para conversa: ‘mas por que você não veio assim mesmo? Tava sentindo cólica, estava doente?’. Até chegar na necessidade do absorvente demora um pouquinho, porque é uma questão de confiança você relatar para o outro uma fragilidade sua. E aí elas começam a dizer que não tem”, relatou a diretora.
“Eu informei para elas: ‘toda vez que você precisar do absorvente, você me pede que eu tenho para lhe dar’. Aí eu ficava pedindo aos funcionários, professor, todo mundo colabora”, contou Edicleia, que trabalha há 10 anos na escola.
O banco foi montado há dois anos. A diretora afirma que o período de permanência na escola aumentou, já que a demonstração de acolhimento e a confiança com os professores foram consolidadas.
A escola atende alunos do 6º ao 9º ano, com idade de 10 a 17 anos. Do total de estudantes, 270 são meninas e cerca de 30% delas vivem em situação de vulnerabilidade social. A condição de vida dessas garotas e a falta do absorvente resultam em uma média de 40 a 50 faltas no ano letivo.
Segundo Edicleia Dias, o absorvente é apenas um paliativo e a discussão ultrapassa o uso do material. “A questão é muito mais séria. Você ter que escolher entre comprar um pão ou ter que comprar um desodorante. Você ter que comprar o leite e na hora da divisão do leite, você optar pelos mais novos, porque você adolescente pode aguentar a fome. Então, é nessa realidade que eu trabalho”, relatou a diretora ao portal Nossa Metrópole.
Em Camaçari, outras pessoas se sensibilizaram e começaram a ajudar na iniciativa, como a bailarina Angela Cheirosa, que dá aula de dança do ventre na Escola Cosme de Farias. Através de um post publicado em suas redes sociais, a bailarina iniciou uma campanha de apoio ao banco de absorventes criado por Edicleia. Desde então, algumas caixas e pacotes de absorvente já foram doados para as alunas do colégio.
A Escola Municipal Cosme de Farias está aberta a doações, tanto de absorventes como de materiais básicos de higiene. A unidade escolar está de recesso e retoma as atividades no dia 6 janeiro. A partir da referida data, é possível fazer a doação de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. (BN)