© Arquivo de família Tim Lopes foi morto há 18 anos durante um trabalho de investigação
Um grupo de advogados quer desarquivar o inquérito sobre a morte do jornalista investigativo Tim Lopes,
da TV Globo, assassinado há 18 anos. Para os criminalistas, Elias
Pereira da Silva, conhecido como Elias Maluco, não teria sido o mandante
do crime. As informações são do Portal Uol.
Para a advogada
Alexandra Oliveira Menezes, casos como o de Elias, que foi condenado a
28 anos e seis meses de prisão, costumam levar o dobro do tempo para
serem julgados. “Há detalhes do processo que não foram explorados. Vamos
remexer com uma história que já estava enterrada”, afirmou Alexandra ao
Portal Uol.
De acordo com a defesa, Elias estava fora do Rio de
Janeiro no dia do homicídio. A reabertura do caso foi possível após um
ato do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) ser
publicado no Diário Oficial da União autorizando advogados a investigar
por conta própria.
Nos próximos dias, Alexandra deve procurar
testemunhas que possam confirmar que Elias não estava no Rio quando Tim
Lopes foi capturado, torturado e executado enquanto fazia uma reportagem
sobre prostituição de adolescentes em um baile funk, em 2002.
Os
advogados querem provar ainda que as ossadas encontradas em um cemitério
clandestino na região, na verdade, não seriam de Tim Lopes. Se essa
hipótese for confirmada, os criminalistas entendem que podem pedir a
anulação do processo. Procurada pela reportagem do Uol, a família de Tim
Lopes não quis se manifestar.