Começa hoje, no plenário virtual do Supremo, o julgamento de uma ação que pode anular pelo menos 10 condenações impostas pelas turmas da Corte a deputados e senadores desde 2014.


A ação foi apresentada pela Câmara e questiona mudança feita naquele ano no Regimento Interno do STF que transferiu do plenário para as duas turmas (formadas por cinco ministros cada), julgamentos de ações penais contra parlamentares. O objetivo foi acelerar o andamento dos processos.

Ficaram no plenário (composto por todos os 11 ministros), somente os processos criminais contra os presidentes da Câmara e do Senado.

Desde então, a Primeira e a Segunda Turma já proferiram uma dezena de condenações — no período, por exemplo, foram apenados Paulo Maluf, do PP; Paulinho da Força, Solidariedade; Aníbal Gomes, do DEM; entre outros.

Na ação, a Câmara alegou que a atual regra do regimento promove uma distinção inconstitucional entre parlamentares.

Por isso, pediu não apenas que todos voltem a ser julgados no plenário, mas também a anulação das condenações impostas a deputados e senadores pelas turmas desde junho de 2014, quando a regra foi editada.

Ironicamente, o presidente da Câmara à época e autor da ação é Henrique Eduardo Alves. Em 2018, ele foi condenado junto com Eduardo Cunha, outro ex-presidente da Casa, por corrupção e lavagem.

Mas a sentença veio da primeira instância da Justiça Federal em Brasília, uma vez que os dois já não tinham mandato e foro privilegiado. A decisão do STF, portanto, não valerá para eles.

O julgamento da ação da Câmara será virtual — cada ministro terá uma semana para votar, de forma remota. O resultado será conhecido até a próxima sexta (19). O relator é Gilmar Mendes.

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