De acordo com a artista, quando começou a fazer parte da campanha ONU Mulheres Brasil, ela começou a entender que além da violência física, existe a psicológica, que foi a que ela sofreu.
“São muitos tipos [de violência]. Nessa campanha, a gente exemplifica alguns tipos de violência. Algumas, inclusive, que eu já passei. Quando fui ler, falei: ‘Já passei por isso’. As pessoas entendem como violência, às vezes, só a física. [Tem] A violência psicológica, aquele grito mais alto. Uma vez, escutei um grito. E eu nunca escutei meu pai gritar. Minha família não é uma família violenta”, afirmou.
“Uma vez, um cara gritou comigo. Cara, mandei um e-mail para ele, era um namorado. Falei: ‘Olha só, eu nunca tinha escutado um grito de homem. Nunca escutei meu pai gritar comigo, nunca escutei meu pai gritar com a minha mãe. Escutei de você e não gostei. E isso não vai se repetir’”, revelou.
A artista relembrou os diferentes tipos de violências pelos quais, principalmente, as mulheres podem ser submetidas além da física – moral, patrimonial, sexual e psicológica e refletiu também sobre o sentimento de ciúmes.
“Ciúme é natural, né? Eu sou uma pessoa ciumenta. Os sentimentos são legítimos, mas o que você faz com eles… Tem que ter medida. Você sentir ciúmes do seu companheiro ou companheira é natural. Mas partir para a violência não é natural, é o que não se pode permitir”, completou.
A Tarde
