A Dinamarca divulgou que vai sacrificar 17 milhões de visons, animais criados em fazendas para a confecção de casacos de pele, para para evitar que uma nova mutação do novo coronavírus interfira na eficácia de uma vacina.
O anúncio foi feito pela primeira-ministra, Mette Frederiksen, na quarta-feira (4), em entrevista coletiva à imprensa. O país é o principal exportador desse produto.
Isso significa que todos os animais do país serão sacrificados. A mutação foi descoberta depois que 12 pessoas que trabalhavam na fazenda contraíram a covid-19 de visons. Nenhuma desenvolveu a doença na forma grave, mas todas apresentaram baixa produção de anticorpos.
Um estudo mostrou que essa nova mutação impede que as pessoas infetadas com o Sars-CoV-2 produzam anticorpos, segundo o jornal norte-americano The New York Times.
O caso ressalta o papel dos animais na disseminação e modificação do vírus. As Forças Armadas estariam envolvidas no abate desses animais, ainda segundo o jornal.
O governo dinamarquês teria notificado a OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre a mutação do vírus. A OMS reconheceu que havia sido informada pela Dinamarca sobre uma série de pessoas infectadas com coronavírus de visons com algumas alterações genéticas.
Segundo o The New York Times, a OMS afirmou que a Dinamarca estava “investigando o significado epidemiológico e virológico dessas descobertas e eliminando a população de visons.”
Barreiras Notícias / R7