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  • Com salários atrasados, Buritirama tem postos e centro de referência para Covid fechados ~ Blog Barreiras Noticias | Juninho Sem Maquiagem

    Os profissionais da saúde do município de Buritirama, na Bacia do Rio Grande, denunciaram ao Bahia Notícias a situação alarmante vivida no município. De acordo com os relatos, há meses sem receber salário, enfermeiros, médicos e outros servidores deixaram de trabalhar e os postos seguem fechados em plena pandemia do novo coronavírus. A unidade destinada ao tratamento da Covid-19 também segue de portas fechadas. 

    As denúncias seguem apontando que a cidade está sem testes rápidos desde outubro. “Só estávamos fazendo o RT-PCR, que tem uma quantidade limitada por dia. Tanto é que várias pessoas chegavam com sintomas e não tinha teste para fazer. Daí as pessoas saíam sem diagnóstico e medicação e voltavam já com o estado grave”, finalizou. 

     

    Uma outra servidora da saúde no município, que também teme se identificar, conta que nos mais de dez anos que atua na cidade nunca presenciou a realidade de unidades e postos fechados por negligência da administração pública. “Nas manifestações estão pessoas que também votaram nele [o atual prefeito, Dedê Alves, que não conseguiu se reeleger]. Todos querendo receber. Eu estou sem receber o mês de novembro e o 13º. O prefeito disse que ia dar o recesso a partir do dia 23, só que por falta de pagamento, inclusive do repasse do governo federal para o Mais Médicos, os médicos pararam de receber bem antes. Já tem duas semanas que não trabalham”, denunciou, relatando que os funcionários deixaram os postos.

    A reportagem também teve acesso a uma mensagem de um profissional de saúde que esteve de plantão no último dia 18, na única unidade de saúde em funcionamento no município de acordo com os servidores. “Esta noite foi tão difícil. Até limpar o chão a gente limpou. Não que desmereça, mas é que é difícil ser guarda, higienização, enfermeiro e não receber. Tirando o tanto de pacientes com sintomas de Covid que atendemos”, diz o texto. 

    O prefeito do município, que de acordo com os manifestantes ‘fugiu da cidade durante o ato’, rebateu as acusações. Judisnei Alves de Souza (PP), conhecido como Dedê Alves, disse que  está organizando a situação financeira da cidade e que quitará os débitos até o final do seu mandato em 31 de dezembro. “Tivemos um diálogo com o pessoal para honrar esses compromissos. Vale lembrar que o pessoal que ficou atrasado não foram todos os servidores, mas sim e apenas os da parte da saúde. O décimo vou honrar até o dia 30, dessa semana até a outra”, garantiu.

    O prefeito disse ainda que as unidades de saúde do município estão fechadas por conta do recesso natalino, e não por atrasos no pagamento dos salários. “Eles funcionaram até o dia 18 e só voltam a funcionar em Janeiro”, disse. 

    Sobre o fechamento do Centro de Referência para a Covid-19, Dedê justificou dizendo que “realmente estamos com dificuldades, mas ainda nesses próximos dias vamos regularizar para o normal". "Temos dificuldades com médicos para poder atender, mas estamos botando em ordem para poder voltar ao normal e fazer com que a ala Covid volte a funcionar tranquilamente”, disse. Perguntado, o gestor não respondeu quais seriam as "ificuldades" que justificariam o fechamento da unidade. 

    O prefeito concluiu dizendo que grande parte dos médicos já foi paga. “Está faltando dois ou três que precisamos regularizar, mas a maioria recebeu, sim. Até o final da gestão vamos resolver todas as pendências. Estamos sentados reunidos para pôr em ordem essa situação”, encerrou.

    A reportagem do Bahia Notícias tentou contato com o secretário municipal de saúde, Eridelton Silva, ao longo da tarde desta segunda-feira (21), mas não obteve sucesso. De acordo com o último boletim emitido pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), desde o início da pandemia Buritirama já registrou 518 casos da Covid-19. Já o boletim emitido pela Secretaria Municipal de Saúde da cidade revela que desde o início da pandemia foram registrados 444 casos da doença. Deste total, 424 são considerados curados, 13 ativos e sete pessoas vieram a óbito. 

    Fonte:Do Bahia Notícias

     

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