Cerca de mil vagas deverão ser oferecidas na Secretaria de Segurança Pública no próximo ano. Embora não haja uma previsão concreta de lançamento de edital, o Projeto de Lei Orçamentária do Estado da Bahia (PLOA) para o ano de 2021 explicita que pelo menos 1.109 vagas deverão ser oferecidas para os cargos de delegado, investigador, escrivão de Polícia Civil, embora exista a possibilidade de que outras áreas da segurança também sejam contempladas.
Vale
salientar que os cargos de delegado, investigador e escrivão exigem
nível superior completo, sendo que os dois últimos podem ter graduação
reconhecida em qualquer área. Os que disputarão vagas para delegado, no
entanto, precisam ser formados em direito. Há uma recomendação também
para que os candidatos tenham Carteira Nacional de Habilitação, mas a
exigência legal para possuir esse documento é apenas para o cargo de
Investigador de Polícia.
De
acordo com o advogado e professor Jerônimo Bezerra, o serviço público
será sempre uma excelente opção dentro da realidade econômica-social do
país. “No que tange a carreira policial, contudo, há um detalhe que
reputo essencial para aqueles que desejam segui-la, que é a vocação. Não
se pode esquecer que estamos falando uma atuação extremamente sensível,
o que deve ser objeto de reflexão por quem deseja estudar com foco nos
editais das Policiais”, completa.
O
professor Jerônimo Bezerra faz questão de salientar a importância da
preparação física como uma das disciplinas para esse tipo de seleção
(Foto: Gilmar Cruz/Divulgação)
Vale
salientar que o último concurso público da Polícia Civil foi realizado
em 2018 com validade de um ano, prorrogável por mais um. Na época, foram
disponibilizadas 1.000 vagas, sendo 82 vagas para o cargo de Delegado
de Polícia;880 vagas para o cargo de Investigador de Polícia; e 38 vagas
para o cargo de Escrivão de Polícia. Nesse certame houve um recorde de
participações com mais de 48 mil participações confirmadas.
Como
o novo edital ainda não saiu, a dica do professor para quem não deseja
perder tempo é basear a estratégia de estudo à partir do último edital,
lembrando que a seleção está embasada no Direito Penal, Direito
Processual Penal, Direito Constitucional, Direito Administrativo,
Português, Informática e Raciocínio Lógico. Além disso, o Teste de
Aptidão Física(TAF), que exigirá dos candidatos igual atenção aos
conteúdos das matérias, pois tem caráter eliminatório. “Se o estudante
analisar o edital do último concurso, realizado em 2018, terá uma boa
referência para o estudo preparatório. A partir daí, é só criar um
planejamento de estudos compatível com a realidade de cada um”,
esclarece.
O
professor faz questão de reforçar a importância de manter a
disponibilidade de tempo para dedicar-se aos estudos. “Não dá para fazer
um cronograma de estudos que seja impossível de cumprir, em razão de
outras responsabilidades que a pessoa tenha ao longo do dia”, explica. O
professor também sugere que os estudantes sejam criteriosos com a
escolha do material de estudos (vídeo aula, resumos, pdfs) e a divisão
da rotina com ciclos de matérias, além da resolução de questões de
provas passadas e as revisões periódicas.
Bezerra
também salienta a importância da preparação física para as carreiras
policiais. “Deve ser tratada como uma verdadeira matéria, fazendo parte
do cronograma acima mencionado. Aqui, o ideal é que haja um treinamento
direcionado, feito por um profissional da área de educação física”,
completa.
Na
última seleção para a polícia civil, o cargo de maior concorrência foi o
de Delegado, com 10.625 candidatos participantes e uma média de 129
intenções para cada vaga. Escrivão teve cerca de 63 candidatos
disputando cada uma das vagas, totalizando 2.422 inscrições.
Investigador teve quase 40 mil inscrições registradas e uma concorrência
de quase 40 candidatos por vaga. Todos os documentos desse certame, do
edital inicial até a última convocação, estão publicados no site da Fundação Vunesp.