Será na comunicação que o Palácio do Planalto focará a ofensiva para reagir à pressão pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Na sexta-feira (22), pesquisas indicaram queda da popularidade em virtude das suas ações no enfrentamento da pandemia. Neste sábado, carreatas em diversas capitais pediram a abertura de processo contra o ocupante da prinicpal cadeira do Planalto.
Segundo o Terra, aliados do governo avaliam que o presidente paga o preço de suas idas e vindas sobre a vacinação e que é preciso mostrar todas as medidas tomadas para o combate à pandemia. Bolsonaro tenta se desvencilhar do colapso da saúde no Amazonas e voltou a dar entrevistas.
Ainda na sexta-feira, 22, escalou três ministros – Eduardo Pazuello (Saúde), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Fábio Faria (Comunicações) – para receber o lote de vacinas da AstraZeneca/Universidade de Oxford.
A nova campanha publicitária do governo para TV, rádio, meios digitais e impressos destoa da versão anterior, em que a vacina era sugerida para quem quisesse “exercer o direito” de vacinar se tivesse “indicação”. Sob o mote “Brasil Imunizado – Somos uma só Nação”, o comercial exibe pessoas com máscaras de proteção e não fala em vacina facultativa. Diz apenas que a vacinação é uma questão “humana e econômica”.
Após organizarem panelaços, movimentos de esquerda e de direita, além de representantes da sociedade civil, realizaram neste sábado (23) e convocaram para este domingo (24) atos em ao menos 19 capitais, e no Distrito Federal, para pedir o impeachment de Bolsonaro. Na terça-feira (26), partidos de oposição, como PT, PDT, PSB, Rede e PCdoB também vão protocolar uma nova ação que pede a saída de Bolsonaro.
Para o prosseguimento de um processo de impeachment, o presidente da Câmara tem que atestar a admissibilidade da postulação. Em fim de mandato na Mesa Diretora, Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirma que a tarefa ficou para seu sucessor e não deve se posicionar sobre os 61 pedidos apresentados. Entre os candidatos à eleição do novo presidente do Legislativo, Arthur Lira (PP-AL) é apoiado por Bolsonaro, mas Baleia Rossi (MDB-SP) é apoiado por Maia, mas pode seguir por um rumo diferente quanto ao impeachment.