O suspeito de tirar a vida do delegado também foi executado, dentro de uma ambulância, poucas horas depois 

Familiares se despediram do delegado cearense Anderson Liberato, da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), no último domingo (18). A mãe do policial, Francisca

Maria Liberato, afirmou, em entrevista ao Sistema Verdes Mares, que estava de "coração estraçalhado".

Anderson, de 32 anos, natural de Fortaleza, foi morto a tiros durante o cumprimento de mandados de prisão contra um casal suspeito de homicídio, no município de Jataúba, no Agreste de Pernambuco, na manhã do último sábado (17). O suspeito de tirar a vida do delegado também foi executado, dentro de uma ambulância, poucas horas depois.

Meu coração está estraçalhado, porque, além de filho, ele era amigo, era pai, era conselheiro. Para nós, ele era tudo.
Francisca Maria Liberato
Mãe do delegado Anderson

Francisca, de 62 anos, conta, com orgulho, que o filho era muito estudioso. Logo aos 18 anos, ele passou para o concurso da Guarda Municipal de Fortaleza (GMF). Aos 23, para inspetor da Polícia Civil do Ceará (PCCE). E, por fim, aos 28 anos, foi aprovado para o cargo de delegado da Polícia Civil de Pernambuco, onde estava há quatro anos.

"Ele foi sempre um filho maravilhoso, obediente, ajudava em todos os aspectos. É tanto que ele passou nesse concurso, foi morar lá em Caruaru, mas todo mês ele vinha, todo mês ele me ajudava financeiramente. Todo dia, ligava para mim, conversava, conversava com o pai dele, a irmã dele. Desde pequeno, ele era determinado a estudar. Era uma boa pessoa", lembra.

A saudade também será sentida pela irmã mais nova, Andressa Liberato, 19. "A gente ficou muito mal, porque ele sempre foi muito bom. Quando eu soube disso, eu não consegui nem falar para a minha mãe. Ele era meu melhor amigo, sempre foi. Contava com ele para tudo", comenta.

O velório de Anderson Liberato ocorreu na Funerária Ternura, em Fortaleza. E o enterro estava marcado para o Cemitério Parque da Saudade.

Circunstâncias do crime

Acompanhado da equipe da delegacia de Brejo da Madre de Deus, Anderson estava cumprindo mandados de prisão contra uma mulher e um homem acusados de homicídio.

No momento da abordagem, o homem disparou três vezes contra o profissional. Houve, então, troca de tiros e o suspeito ficou ferido. O cearense chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. 

Suspeito também morreu 

Conforme o jornal Diário de Pernambuco, o suspeito, que ficou ferido no confronto, foi morto enquanto era transferido para o Hospital Regional do Agreste (HRA), em Caruaru. 

No trajeto para a unidade hospitalar, homens armados teriam abordado a ambulância para matá-lo. A equipe médica não foi atingida. 

Notas de pesar

A  Polícia Civil de Pernambuco disse que “a morte de Anderson representa uma grande perda para a Corporação”.

“A PCPE manifesta as mais sinceras condolências aos familiares, amigos e companheiros de trabalho nesse momento de profunda dor”, disse em nota. 

A Associação de Polícia Científica de Pernambuco (APOC-PE) também lamentou a morte do profissional. “Ficam a lembrança, o respeito pelo legado que Anderson Liberato deixou e o agradecimento por todo serviço prestado à população", escreveu.

 

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