
“Os toques eram nocivos, os convites que ele fazia para as vítimas eram totalmente inadequados, inclusive oferecendo aumentar o número de procedimentos oferecidos se as vítimas mantivessem relações sexuais com ele”, explicou a delegada do caso, Jeiselaure de Souza, à reportagem da Band TV.
O depoimento de Klaus durou por mais de quatro horas, apesar disso, ele negou todas as acusações. "É importante até que muitas mulheres nos procuraram para relatar fatos muito antigos, e mesmo sabendo que em face da prescrição nós não conseguiríamos alcançar a investigação desses fatos, elas fizeram questão de vir aqui na delegacia dar o seu relato, porque ficaram muitos anos em silêncio", completou a delegada, dizendo que existem denúncias contra ele ocorridas desde 2001.
Na segunda-feira, a clínica do médico em Porto Alegre foi alvo de uma operação da polícia civil. Aparelhos eletrônicos e objetos pessoais do cirurgião foram recolhidos para tentar encontrar evidências dos abusos praticados por Klaus Wietzke Brodbeck.
Nas redes sociais o médico tem mais de 90 mil seguidores no Instagram. Em resposta à repercussão do caso, uma carta aberta foi compartilhada na página. "O Dr. Klaus está colaborando de todas as formas possíveis com as investigações para esclarecer a situação o mais rápido possível [...] Infelizmente apenas um lado do caso ganhou notoriedade, ferindo a dignidade pessoal e prejudicando a carreira do médico [...] Vivemos em tempos em que a rede social faz julgamentos, mas a Justiça trará de volta sua dignidade", diz um trecho do texto. Até o momento, o cirurgião segue detido.
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