Santa Catarina começou a adotar, nesta semana, o documento de identificação que unifica o RG e o CPF. O objetivo é evitar fraudes e dar mais segurança aos cidadãos.
Uma foto 3x4, biometria, verificação de dados e pronto: está feita a solicitação. O processo é o de sempre, mas o documento já não sai como antes. O número do CPF passa a ser o número da identidade.
“A gente alerta que essas exigências não são simplesmente burocracia, mas, sim, para dar segurança para o cidadão, para garantir que é ele mesmo que está fazendo o documento para ele e não uma outra pessoa se passando por ele”, explica Fernando Souza, diretor de identificação do IGP/SC.
O processo de mudança iniciou há três anos, quando o Instituto Geral de Perícias do estado começou a cruzar informações com o banco de dados da Receita Federal.
Santa Catarina é o primeiro estado do país a adotar esse novo sistema. Pode parecer só um detalhe, mas é uma grande mudança. Vincular o CPF à impressão digital: duas informações capazes de identificar qualquer um. Junto com a fotografia, o documento deve dificultar a ação de criminosos.
“No Brasil, por ano, são bilhões de reais para cobrir golpes por causa disso”, afirma Fernando.
A Renata sabe bem. Com um documento falso, abriram contas, pediram empréstimos e fizeram compras em nome dela no valor de R$ 30 mil.
“Já são três boletins de ocorrência. A cada vez que eu recebo essas faturas, eu preciso ir até a instituição financeira contestar essas contas. O problema é que esse documento continua rodando por aí e eu não sei quando essas fraudes vão terminar”, conta a perita criminal Renata Brasil.
O RG atual não vai perder a validade. A mudança vai ser gradual. O governo do estado espera que em dez anos todos as pessoas de Santa Catarina tenham o novo modelo de identificação.
A estudante Ana Clara Batista já está de documento novo. “Eu me sinto mais tranquila porque é um número unificado e ninguém pode fazer um plágio, ninguém pode copiar. É mais seguro, é mais prático, faz mais sentido”.(Jornal Nacional).