Um estudo feito por cientistas israelenses e publicado no fim de outubro na revista científica The Lancet mostrou que receber a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Pfizer cinco meses após receber a segunda dose do imunizante da farmacêutica aumenta em 92% a proteção contra formas graves da doença.
As análises foram feitas entre julho e setembro de 2020 e, de acordo com a pesquisa, a média de idade dos participantes era de 51 anos. Os analistas lembraram que com uma ou duas doses, a quantidade de mortes e hospitalizações dos vacinados foi pequena se comparado ao grupo analisado, de mais de um milhão de pessoas. Israel, considerado exemplo mundial de vacinação, foi o primeiro país no mundo a adotar a dose de reforço para idosos, começando a imunização de pessoas com 65 anos no mês de agosto. Desde então, países como os Estados Unidos e Brasil também passaram a oferecer o reforço para grupos prioritários. O intervalo de cinco meses entre uma dose e outra é semelhante ao instituído pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira, 16. Anteriormente, apenas os brasileiros imunizados com a segunda dose há seis meses podiam se vacinar com a terceira.