“Acredito que teremos a vacina para as crianças logo no início de janeiro, com ou sem autorização do Ministério da Saúde”, afirmou o tucano, que é pré-candidato a presidente da República em 2022. O governo Jair Bolsonaro vem colocando obstáculos à vacinação de crianças, mesmo após aprovação da Anivsa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O ministro Marcelo Queiroga (Saúde), para agradar ao presidente e ao bolsonarismo, decidiu fazer uma desnecessária consulta pública sobre o tema, que se encerra apenas em 2 de janeiro.
O governo de São Paulo já havia anunciado a confecção de cerca de 4,5 milhões de carteirinhas de vacinação específicas para o público infantil. “Tudo o que não queremos é que as vidas dos nossos filhos, dos nossos netos, sejam levadas”, disse Doria, que desde o início da pandemia tem tentado se contrapor a Bolsonaro. “São Paulo sempre defendeu a medicina, a ciência, a saúde e a vida e vai continuar a fazê-lo”, disse.
CoronaVac
Doria insistiu, ainda, que a Anvisa libere o uso emergencial em crianças da CoronaVac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com Instituto Butatan. “São Paulo está gestionando junto à Anvisa, respeitando a sua qualidade, para que possa avaliar e autorizar o uso emergencial da vacina Coronavac, que já se mostrou eficaz, produtiva e adequada em vários países, inclusive aqui na América do Sul, no Chile e Equador, para a vacinação de crianças”, afirmou.
Após uma reunião na semana passada com técnicos do Butantan, a Anvisa informou que pediu documentações adicionais para liberar a CoronaVac em crianças. “Na avaliação dos técnicos da Anvisa e dos especialistas externos convidados, há lacunas importantes nos dados apresentados pelo Butantan que ainda impedem afirmar de forma científica o grau de imunidade gerado nas crianças e adolescentes”, disse a agência em nota. (Veja)