Dados da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen) indica que o Brasil contabilizou, em 2021, o maior número de divórcios desde 2015. Foram 80.573 separações oficializadas em cartórios, o que corresponde a um aumento de 3,95% em relação a 2020, quando esses registros chegaram a 77.509, e de 16,8% em comparação com os 69.001 formalizados há sete anos.

Desde 2017, entretanto, o índice de casais que encerram oficialmente a relação vem aumentando. A cada 100 casamentos celebrados, em média, nove acabam em divórcio.

Para a presidente do Colégio Notarial do Brasil, Giselle Oliveira de Barros, esse aumento no número de divórcios se deve muito a pandemia.

“A pandemia criou muitos ‘casais provisórios’, enquanto a quarentena obrigou um convívio direto e constante”, avalia. “Junta-se a esses fatores a crescente procura da população pela segurança jurídica oferecida pelas vias extrajudiciais”.

Pará tem a maior taxa
Os habitantes do Pará são os que mais se divorciaram no Brasil em 2021. Para cada 100 casamentos registrados em cartórios no estado, outros 36 casais solicitaram o divórcio.

Do outro lado, está Alagoas, estado onde os relacionamentos, ao menos no ano passado, mais conseguiram ver suas crises superadas. Com a menor taxa de divórcios do país, apenas duas separações foram registradas a cada 100 matrimônios.

Na Bahia, a cada 100 casamentos, cinco se divorciaram.

Os matrimônios, por outro lado, apresentaram crescimento, mas ainda não se recuperaram da queda sofrida no primeiro ano da pandemia. Em 2020, o número de uniões caiu 25,62%; em 2021, subiu 23,01%. Os 890.152 matrimônios de 2021, entretanto, ainda são menores que os 972.915 registrados em 2019.

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