Após receber a autorização para a retomar a produção em seu parque industrial, em Belo Horizonte (MG), a Cervejaria Backer foi multada em mais de R$ 5 milhões pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Além disso, foi determinada a inutilização dos produtos apreendidos e interdição parcial do estabelecimento, em processo administrativo aberto após casos de contaminação de bebidas da empresa que resultaram em dez mortes.

Os casos de contaminação com dietilenoglicol foram descobertos em janeiro de 2020. A fábrica foi interditado no mesmo mês.

Conforme o Mapa, as infrações foram detectadas pela equipe de auditores fiscais federais agropecuários e as penalidades foram impostas “devido ao estabelecimento ter ampliado e remodelado a área de instalação industrial registrada, sem devida comunicação ao Mapa; deixar de atender intimações, dentre elas a de recolhimento dos produtos; alterar a composição de cervejas sem a prévia comunicação; comercializar cerveja sem devido registro do produto e por produzir, engarrafar e comercializar 39 lotes de cerveja com presença de monoetilenoglicol ou dietilenoglicol”.

A cervejaria substituiu em seu processo o fluido refrigerante por solução hidroalcoólica – solução que contém água e álcool – e, desde novembro de 2021, vem produzindo cerveja no parque fabril em formato teste.

O ministério havia autorizado a retomada parcial da produção e comercialização da empresa no último mês. A liberação, que foi concedida para duas adegas no parque industrial da empresa, continua em vigor.

Em nota, a cervejaria afirmou que a multa é referente aos fatos ocorridos há mais de dois anos. Por causa da contaminação com a cerveja Belorizontina. 10 pessoas morreram após serem internadas com sintomas de intoxicação. A empresa lembrou que, atualmente, está autorizada a manter a produção e venda de cervejas. (Bahia.Ba)

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