Mais uma reviravolta ocorreu nas eleições da Câmara de Vereadores de Luís Eduardo Magalhães, no Extremo Oeste. Sem público, a sessão marcada para a noite desta terça-feira (17), ocorreu, mas não votou a nova mesa-diretora para o biênio 2023/2024 como havia sido anunciado.
É que horas antes, um mandado de segurança impetrado por três vereadores de oposição ao presidente da Casa, Fernando Fernandes (UB), foi atendido pela juíza Renata Guimarães da Silva Firme da Comarca local. Os edis Nei Vilares, Zadinho Motinha e Lisvan Vasconcelos questionaram a forma como Fernandes conduziu o processo, o que foi acatado pela magistrada.
Os legisladores alegaram que o presidente da Câmara não respeitou o regimento e aprovou o edital de convocação para o pleito de forma “secreta” e sem passar por comissões da Casa, que referendariam o procedimento.
Na ocasião, houve uma confusão generalizada, com ataque ao presidente da Casa, que teve ovos lançados contra ele durante a sessão. Um secretário invadiu o plenário e foi retirado pela Polícia Militar e um tiro de borracha foi disparado para conter os ânimos.
Na mesma sessão desta terça, os vereadores votaram contra emendas modificativas dos vereadores Daiana Bastos e Nei Vilares, o que abre caminho para uma nova eleição da Casa, mantendo a preferência do grupo do presidente da Casa. Fernando Fernandes tenta a reeleição.
No meio do processo, a Câmara de Luís Eduardo Magalhães tem em curso uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga supostas fraudes na compra de estruturas de contêineres.
O material comprado, da ordem de R$ 28 milhões, seria usado em reformas escolares. As próximas sessões da Câmara nesta quinta-feira (19) e no dia 24 de maio também serão a portas fechadas. (Bahia Notícias).