"Recebi o excelentíssimo Javad Owji, Ministro do Petróleo da irmã República Islâmica do Irã. Um encontro produtivo para aprofundar os laços de irmandade e cooperação em matéria energética", publicou Maduro no Twitter, sem dar mais detalhes sobre os acordos estabelecidos.

A televisão estatal divulgou imagens do encontro no palácio presidencial de Miraflores.

Mais cedo, Owji foi recebido em Caracas pelo colega venezuelano, Tareck El Aissami, "com o propósito de continuar aprofundando os mecanismos de cooperação bilateral" e "a construção de rotas e mecanismos para superar as medidas coercitivas unilaterais impostas pelo governo dos Estados Unidos e países aliados", segundo um comunicado do Ministério do Petróleo venezuelano.

O Irã, que tem em Caracas um importante aliado latino-americano, vendeu combustível e outros derivados de petróleo bruto para a Venezuela em meio à crise na oferta de gasolina ocorrida há dois anos, que provocou filas quilométricas em postos de gasolina, especialmente no interior do país.

A AFP tentou entrar em contato com o Ministério do Petróleo local, mas não houve resposta.

Os laços bilaterais se estreitaram com a chegada do falecido líder socialista, Hugo Chávez (presidente entre 1999 e 2013), ao poder e foram reforçados com seu sucessor, Nicolás Maduro, que vê Teerã como um de seus principais aliados ao lado de China e Rússia.

As relações se estreitaram ainda mais após as sanções que os Estados Unidos impuseram às exportações de petróleo da Venezuela e do Irã - ambos importantes produtores -, assim como a muitos funcionários e militares dos dois países.

Em 2020, em meio a uma aguda escassez de gasolina por uma brutal queda de petróleo, Teerã enviou à Venezuela navios carregados de gasolina e derivados para aliviar a crise. No fim daquele ano, em visita a Caracas, o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, garantiu que seu país estaria "ao lado" da Venezuela. 

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