Genivaldo foi morto no dia 25 de maio, ao ser abordado por policiais rodoviários federais em Umbaúba, Sergipe. Ele foi preso no porta-malas da viatura, e os agentes jogaram gás lacrimogêneo dentro do compartimento. O laudo médico apontou que a causa da morte foi asfixia. Genivaldo foi abordado por estar pilotando uma motocicleta sem capacete.
A Polícia Rodoviária Federal é um órgão subordinado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Por ter sido convocado, e não convidado, o que torna sua presença obrigatória, o ministro pode responder por crime de responsabilidade se não apresentar uma justificativa “adequada” em caso de ausência.
O presidente da comissão, o deputado Orlando Silva (PCdoB -SP), afirmou que a convocação - que ainda não tem data definida - não possui caráter pessoal. "É a convocação de um representante do estado brasileiro. É a demonstração de que a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados está indignada com o que aconteceu”, declarou.
“É a comissão que deve se debruçar diante de uma violação brutal. Eu sei que todos os deputados, sejam do governo ou da oposição, todos nós ficamos indignados com o assassinato do Genivaldo com a câmara de gás. Eu me emociono de ver as imagens, imagino que muitos de nós ficaram emocionados", disse Orlando Silva.
Um dos deputados da base governista, o parlamentar José Medeiros (PL-MT), disse que a violência policial passa pela sanidade dos policiais, que precisam ser tratados. Ele ainda completou a fala dizendo que querer ligar o governo do presidente Jair Bolsonaro à atitude dos policiais que mataram Genivaldo é “uma sacanagem”
“Há uma maldade sem tamanho de querer usar isso para um ataque político, para querer ganhar votos”, afirmou o deputado. (Bahia Notícias).