Em entrevista à Folha de S. Paulo, a ex-funcionária da platafor
ma afirmou: "Eu garanto que há muito menos proteção no Brasil contra tentativas de interferir nas eleições do que nos Estados Unidos."Baseada nos dados que analisou do próprio Facebook, Haugen também disse que o mecanismo da empresa para detectar as chamadas 'fake news eleitorais' automaticamente é "muito ineficiente": "Na melhor das hipóteses, o Facebook consegue detectar 20% do conteúdo desinformativo –mas, pensando de forma realista, eles devem estar rotulando no máximo 5%."
"Eles só se preocupam com moderação de conteúdo em países onde correm o risco de serem alvo de regulação, como os Estados Unidos", complementou.
Em documentos vazados do Facebook Papers em dezembro de 2021, Mark Zuckenberg, presidente do Facebook, dizia "temer a regulamentação da internet no Brasil": “Eu me preocupo muito que Brasil, Índia, Rússia e todos os países que estão emergindo sob uma perspectiva legal e regulatória se tornem, a longo prazo, mais parecidos com a China em termos de como querem regular a internet.”