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  • Pandemia provocou maior queda na vacinação infantil em 30 anos, dizem OMS e Unicef ~ Blog Barreiras Noticias | Juninho Sem Maquiagem

     

    A Organização Mundial da Saúde e o Fundo das Nações Unidas para Infância anunciaram nesta quinta-feira (14) que 18 milhões de crianças no mundo não receberam uma única vacina em 2021. Segundo as entidades, este foi o maior retrocesso contínuo na vacinação infantil em 29 anos.

    A OMS e o Unicef relataram que era esperado que o ano de 2021 fosse de recuperação, com programas de imunização pelo mundo contornando as baixas taxas de vacinação reportadas no primeiro ano da pandemia.

    Contudo, segundo os novos dados publicados nesta quinta, o que se viu foi que a maioria dos países também experimentou quedas nas taxas de vacinação infantil no ano passado.

    No mundo todo, cerca de 25 milhões de crianças perderam uma ou mais doses da vacina DTP, que protege contra tétano, difteria e coqueluche. Desse número, cerca de 18 milhões não receberam ao menos a primeira dose do imunizante. Índia, Nigéria, Indonésia, Etiópia e Filipinas foram os países que registram as taxas mais altas.

    “Este é um alerta vermelho para a saúde infantil. Estamos testemunhando a maior queda sustentada na imunização de crianças em uma geração. As consequências serão mensuradas em vidas”, disse Catherine Russell, diretora-executiva do UNICEF.

    Desinformação e conflitos também aumentaram os índices

    Ainda de acordo com os dados divulgados pelo relatório, 24 milhões de crianças perderam a primeira dose contra o sarampo em 2021, o maior índice desde 2008. Outros 14,7 milhões não receberam a segunda dose.

    Já o número de crianças que deixaram de ser vacinadas contra a poliomielite e o HPV também aumentou. Quando comparado com o ano de 2019, mais 6,7 milhões de crianças perderam a terceira dose da vacina contra a pólio e outros 3,5 milhões perderam a primeira dose da vacina contra o HPV.

    Segundo a OMS e o UNICEF, esse declínio em vacinações de rotina foi provocado pelo crescente número de crianças que vivem em ambientes de conflito, onde muitas vezes o acesso à imunização é "desafiador", aliado a um aumento da desinformação pelo mundo e, claro, paralisações relacionadas à Covid-19 que interromperam serviços e cadeias de suprimentos pelo mundo.

    “O planejamento e o combate à COVID-19 também devem andar de mãos dadas com a vacinação contra doenças mortais como sarampo, pneumonia e diarreia”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.

    Para alcançar níveis adequados de cobertura vacinal, a OMS e o UNICEF declararam que vão ser necessários "esforços monumentais" em todo mundo, que levem em conta não apenas uma intensificação dos esforços de vacinação, mas também uma estratégia eficiente de combate à desinformação, expansão de serviços de saúde para crianças carentes e compromisso político de governos.

    "O que estamos vendo agora é um declínio contínuo. A Covid-19 não pode ser uma desculpa. Precisamos recuperar a imunização de milhões ou inevitavelmente testemunharemos mais surtos, mais crianças doentes e uma maior pressão sobre os sistemas de saúde já sobrecarregados”, acrescentou Russell. (G1)

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