Agora é possível identificar a presença de diabetes no organismo antes mesmo da primeira manifestação de sintomas. Pesquisadores da Universidade de Genebra (UNIGE), na Suíça, identificaram uma molécula cujos níveis reduzidos sinalizaram um problema nas células responsáveis pela produção da insulina.

Graças ao feito, um simples exame de sangue pode identificar o desenvolvimento de um quadro de diabetes. Isso pode impedir o surgimento de sequelas no corpo e melhorar o prognóstico da doença.

Segundo a última edição da Pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, o Brasil tem cerca de 15 milhões de adultos vivendo com diabetes, quase 10% da população com mais de 18 anos. A doença é caracterizada pelo aumento do açúcar no sangue devido ao mau funcionamento da insulina, hormônio responsável por retirar a glicose da corrente sanguínea.

O tipo mais comum, associado a 90% dos casos, é o 2. Ele é provocado por fatores externos, sobretudo hábitos considerados ruins para a saúde, como sedentarismo e má alimentação, que levam o organismo a se tornar resistente à insulina.

Pré-diabetes

Há um estágio anterior ao diagnóstico chamado de pré-diabetes. Nele, o corpo começa a manifestar concentrações elevadas de glicose no sangue e perda de células beta (células responsáveis pela secreção de insulina). Essa perda, no entanto, ainda não é tão drástica quanto no quadro de diabetes. Quando o pré-diabetes é detectado de forma precoce, é possível reverter o estágio e evitar o desenvolvimento da doença.

“Mas identificar a transição do pré-diabetes para o diabetes é complexo. Por isso, optamos por uma estratégia alternativa: encontrar uma molécula cujos níveis no sangue estariam associados à massa funcional dessas células beta para detectar indiretamente sua alteração na fase pré-diabetes, antes do aparecimento de qualquer sintomas”, diz o comunicado de Pierre Maechler, professor do Departamento de Fisiologia e Metabolismo Celular e do Centro de Diabetes da Faculdade de Medicina da UNIGE, responsável por liderar o trabalho.

Os cientistas destacam que a descoberta abre novos caminhos para o diagnóstico precoce e a prevenção da diabetes, especialmente em pessoas com fatores de risco para a doença. Eles também ressaltam os benefícios do exame de sangue, um procedimento simples que não envolve custos adicionais.

Sedentarismo causou o aumento de casos da doença
Um outro estudo, desta vez realizado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), mostrou que a diminuição da prática de atividade física durante a pandemia pode estar relacionada ao aumento anual de mais 11,1 milhões de novos casos de diabetes tipo 2. Além disso, esse aumento pode resultar em mais 1,7 milhão de mortes.

Sabendo que a diabetes tipo 2 está diretamente associada a fatores externos, como o sedentarismo, é imprescindível encontrar maneiras de adotar um estilo de vida mais saudável. Por isso, destacamos algumas dicas para você começar a se movimentar mais:

1) Movimente-se em sua estação de trabalho: para quem trabalha sentado, o recomendado é levantar a cada meia hora para realizar alguma atividade leve, como andar ou subir e descer escadas.

2) Controle a alimentação: para quem tem a rotina corrida, a dica é dedicar um dia do final de semana para cozinhar pratos saudáveis para os dias da semana. Outra opção é pedir refeições frescas e balanceadas.

3) Use meias de compressão graduada: a compressão graduada promove conforto e bem-estar. Além disso, auxilia no direcionamento correto do fluxo venoso e linfático de volta ao coração. Isso evita o acúmulo de sangue na região inferior das pernas, permitindo uma nítida melhora na circulação. Também reduz a sensação de peso nas pernas, inchaços e outros sintomas.

4) Pratique exercícios: a prática de exercícios físicos é uma das maneiras mais eficientes de combater a diabetes tipo 2. Por isso, se você não tem muito tempo livre, os treinos online são uma ótima opção. Também é um diferencial buscar orientação de um profissional especializado. (Saúde em Dia).

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