A Eletrobras registrou lucro líquido de R$ 1,4 bilhão no segundo trimestre, queda de 45% ante o mesmo período do ano anterior, devido “principalmente” a efeitos da variação cambial negativa de R$ 625 milhões pela exposição de dívida da empresa em dólar.
Na noite de sexta-feira, a companhia disse que o resultado trimestral também foi impactado pela provisão para perdas em investimentos no montante de R$ 890 milhões, em função, principalmente, do aporte de capital realizado pela subsidiária Furnas na Santo Antônio Energia.
Ainda houve impacto de provisão para crédito de liquidação duvidosa (PCLD), que somou R$ 694 milhões, influenciado pela inadimplência da distribuidora Amazonas Energia, em especial no que se refere à dívida financeira com a holding.
A geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado apresentou crescimento de 6%, para 4,861 bilhões no segundo trimestre.
O resultado no período já considera os efeitos contábeis da segregação da Eletronuclear, que deixou de ser uma empresa controlada pela Eletrobras após a privatização.
O balanço também inclui a venda da participação acionária detida na Itaipu Binacional e a celebração dos novos contratos de concessão de geração decorrentes da privatização.
A receita operacional líquida aumentou 19% para R$ 8,85 bilhões, pela melhor performance nos contratos bilaterais e pelo reajuste anual das receitas de transmissão, cuja base de ativos foi ampliada no ciclo 21/22 pelo reperfilamento da Rede Básica Sistema Existente (RBSE) que consiste em indenizações para concessões renovadas antecipadamente em 2012, nos termos da Medida Provisória 579. (CNN Brasil).