Divisão de moradores recenseados mantém predominância feminina com 51,9% e 48,1% por homens.

Depois de três meses do início da coleta de dados, o Censo Demográfico 2022 contou 10.496.903 pessoas na Bahia. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse contingente corresponde a 70% da população estimada no estado, que é de 14.985.284 pessoas.

Os dados foram apurados pelo IBGE no início da tarde de segunda-feira (31) e divulgados na terça (1°). Na divisão dos moradores recenseados por sexo de nascimento mantém a predominância feminina no estado, com 51,9% da população formada por mulheres (5.452.951, em números absolutos) e 48,1% por homens (5.043.952).

No Brasil como um todo, nos três primeiros meses de coleta, foram recenseadas cerca de 136 milhões de pessoas, o que corresponde a 63,8% da população brasileira estimada, sendo 51,7% mulheres (70,3 milhões) e 48,3% homens (65,7 milhões).


Tradicionalmente o 4° estado em população do país, a Bahia tem também a 4° maior população recenseada, atrás de São Paulo (25,3 milhões de pessoas), Minas Gerais (13,6 milhões) e Rio de Janeiro (11,1 milhões).

Em termos de ritmo de coleta, a Bahia se mantém, até o momento, como o 9° estado com maior percentual de população recenseada (70%) e acima do verificado no país como um todo (63,8%).

Piauí (com 86,1% da população estimada recenseada), Sergipe (83,2%) e Rio Grande do Norte (80,5%) continuam na liderança, enquanto Mato Grosso (42,7%), Amapá (51,5%) e Acre (54,1%) têm os menores percentuais.

População quilombola

No terceiro mês de coleta do Censo 2022, a Bahia manteve a maior população quilombola recenseada do Brasil: 287.701 pessoas, com um aumento de 34% frente ao que havia sido contado nos dois primeiros meses (214.652 pessoas).

Os quilombolas baianos representam quase três em cada 10 dos recenseados em todo o país: 28,49% de um total de 1.009.778 pessoas auto identificadas como quilombolas no Brasil.

População indígena
A Bahia sustenta também a segunda maior população indígena recenseada, dentre os estados: 160.796 pessoas, contingente 24% maior do que o recenseado nos dois meses iniciais de coleta (129.686 pessoas) e menor apenas do que o registrado no Amazonas, onde foram contados, até o momento, 426.513 indígenas.

Em todo o país, já foram recenseados 1.230.778 indígenas.

Outros dados

Até meados o dia 31 de outubro, os recenseadores do IBGE visitaram 5.346.878 domicílios em toda a Bahia, o que representa 107.716 a mais (+2,1%) do que os 5.239.162 estimados inicialmente para o estado.

Outros cinco estados têm mais domicílios visitados do que o total estimado: Piauí (+8,4%), Rio Grande do Norte (+5,8%), Sergipe (+4,9%), Maranhão (+2,6%) e Alagoas (+0,8%).

  • No Brasil como um todo foram visitados 54,3 milhões de domicílios, 86,6% de um total estimado em 77,9 milhões;
  • Dentre os 5,3 milhões de domicílios baianos visitados, cerca de 4,1 milhões estavam ocupados, ou seja, estima-se que tinham ao menos um morador;
  • Os recenseadores conseguiram entrevistar em 3,731 milhões destes domicílios (92% dos domicílios ocupados).
Quase todos os domicílios ocupados com entrevista realizada responderam ao Censo de forma presencial (99,6% ou 3,718 milhões); 8.933 domicílios responderam por telefone (0,2%); e 4.317, pela Internet (0,1%) - proporções que se mantêm as mesmas desde o início da coleta do Censo.

Taxa de recusa em queda

O índice de recusa na Bahia, após o terceiro mês de coleta do Censo 2022, está em 1,6%, o que representa 65,6 mil residências que não quiseram responder à pesquisa.

Essa taxa vem caindo mês a mês: era de 2% em agosto e 1,7% em setembro. Em outubro, ficou menor na Bahia (1,6%) do que no país como um todo (2,3%) e foi a 16ª entre as 27 unidades da Federação.

São Paulo (4%), Roraima (3,7%) e Rio de Janeiro (3,5%) têm as maiores taxas de recusa, enquanto Paraíba (0,9%), Piauí (1,1%) e Rio Grande do Norte (1,2%) têm as menores.

Um desafio importante na coleta do Censo tem sido os domicílios com “moradores ausentes”, ou seja, aqueles onde se sabe que mora alguém, mas ninguém é encontrado. Na Bahia, essa é a situação de 6,1% dos domicílios ocupados (246.831 em números absolutos).

O percentual baiano segue abaixo do nacional (9,2% dos domicílios brasileiros têm moradores ausentes) e é o 19° entre as 27 unidades da Federação. Também vem mostrando queda consistente: era de 11% no primeiro mês de coleta e de 7,9% no segundo.

Passados três meses da coleta do Censo 2022, 57,3% dos municípios baianos (239 de 417) têm pelo menos 3/4 (75,0%) de sua população estimada recenseada.

Veja outros dados divulgados:

  • Dentre esses, 30 municípios (7,2% dos 417) já recensearam mais pessoas do que o total previsto inicialmente pelo IBGE - ou seja, têm populações que estão superando as estimativas;
  • Outros 163 municípios da Bahia (39,1% do total) estão com menos de 3/4 (75%) e mais da metade (50%) da população prevista recenseada, até o momento;
  • É o caso de Salvador, que contou 53,5% da população estimada (1.552.635 de 2.900.319 pessoas). A capital está apenas em 397° lugar, entre os 417 municípios do estado, quando se trata de proporção da população recenseada.

Quinze municípios baianos (3,6% do total), enfrentam um atraso importante na coleta e têm menos da metade da sua população estimada recenseada.

Para favorecer o ritmo de coleta em todo o estado, desde meados de outubro a Superintendência do IBGE na Bahia tem oferecido um adicional na remuneração de recenseadores que começam a coleta em áreas onde o trabalho ainda não se iniciou ou retomam os esforços em áreas onde há altos índices de domicílios com moradores ausentes ou recusas, seguindo orientação da superintendência nacional.

Segundo o IBGE, também foi implementado um plano de pagamento a mais por entrevistas realizadas nos feriados de novembro.

Atualmente, na Bahia, trabalham cerca de 8.600 recenseadores, o que representa 68,7% do total de vagas abertas no estado (12.485). Em Salvador, a proporção é de 63,6% do total de recenseadores efetivamente nas ruas (cerca de 1.600, para um total de 2.600 vagas).

O prazo final de coleta foi adiado de 31 de outubro para o início de dezembro, mantendo-se a previsão de divulgação da população por município no fim deste ano. (G1).

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