“É difícil para mim falar, mas foi a ciência dos abusos que aconteceram dentro da minha casa”, disse Flordelis.
Ela afirmou que, no começo, havia uma dúvida de que sua filha, Kelly, tivesse sido abusada, e alegou que só soube da situação após a morte de Anderson. Na ocasião, a ex-parlamentar voltou a negar sua participação no assassinato.
"Eu só queria dizer pros jurados que eu não, em momento algum, eu mandei ou pensei em matar o meu marido. Eu estou na cadeia hoje pagando por algo que eu não fiz. Eu amava o meu marido. Está sendo muito difícil a vida para mim”, disse Flordelis.
Choque de informações
Contudo, a história contada no Tribunal do Júri é discrepante da acusação do Ministério Público, no qual a ex-deputada foi denunciada como mandante da execução.
Ela responde por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.
Flordelis apontou que seus dois filhos, Flávio dos Santos Rodrigo e Lucas Cézar dos Santos de Souza, foram condenados pela execução do padrasto, mas que ela não sabe quem comandou o crime, já que não estava no local.
Após cinco dias, o julgamento de Flordelis e outros quatro réus chega ao fim neste sábado (12). Os trabalhos no plenário do Tribunal do Júri de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, iniciaram-se às 10h30. (G1).