PROTEÇÃO
Em cenários como esse, a medida mais eficaz para
evitar gravidades causadas pela Covid-19 é a vacinação. Por isso, Levi
recomenda que as pessoas mantenham seu calendário vacinal contra a
Covid-19 atualizado.
Nos próximos dias, o Ministério da Saúde
deve iniciar uma nova campanha voltada a imunizar aqueles com doses
atrasadas e, também, para aplicar as vacinas bivalentes em grupos mais
suscetíveis a complicações pela doença, como profissionais de saúde,
idosos e grávidas.
O uso de máscaras também é uma medida
recomendada, principalmente para pessoas com maior risco para doença e
em espaços de maior aglomeração e sem ampla ventilação.
Mostra-se
importante ainda a realização de testes em casos de suspeita da doença.
E, se o resultado for positivo, é recomendado que a pessoa se isole a
fim de evitar a dispersão do vírus.
Os autotestes para Covid, por exemplo, podem ser úteis para uma resposta inicial frente a uma suspeita.
A
maior demanda por esses produtos foi observada pela rede de farmácias
Drogasil. A empresa disse à reportagem que, em todo o país, a procura
por autotestes subiu em torno de 30% no período após o Carnaval.
A
reportagem também questionou a Drogaria São Paulo, mas a empresa não
informou dados, sob a justificada de posicionamento estratégico. (BN)
By CM / Postado em fevereiro 25, 2023 / Categorias: Geral
Em meio às festas do Carnaval, a taxa de testes com resultado
positivo para Covid-19 subiu em todo o Brasil, segundo levantamento da
Dasa. O número, de acordo com a rede, vem subindo paulatinamente desde o
início de fevereiro e deve manter essa tendência nas próximas semanas.
Considerando
dados de mais de mil laboratórios da rede no país, a taxa de resultados
positivos na semana de 3 a 9 de fevereiro era 17%. No período de sete
dias seguinte, de 10 a 16, o percentual subiu para 19%. Já no intervalo
de 17 a 23, que abrange os dias de Carnaval, passou para 23%.
O levantamento também observou uma maior prevalência da XBB, uma subvariante da ômicron, nas amostras colhidas.
Segundo
o projeto da Dasa que faz vigilância genômica do coronavírus, o Genov,
essa sublinhagem se sobrepôs às subvariantes BQ.1 e a BA.5 —esta última
era uma das que predominavam em amostras sequenciadas pela iniciativa.
José
Eduardo Levi, coordenador do Genov, afirma que as aglomerações causadas
pela folia e o avanço da subvariante estão por trás do crescimento dos
diagnósticos positivos.
“Se a gente tivesse o Carnaval sem uma
nova variante, não teria esse aumento. E se a gente tivesse somente uma
nova variante, também não teria tido esse aumento”, afirma.
E,
mesmo com o fim do Carnaval, a expectativa é de que o número continue
crescendo. Levi diz que a folia multiplica o número de novos casos, e os
foliões infectados podem levar o vírus a outras pessoas.
“O
Carnaval é um fator multiplicador. Ele faz com que um monte de gente se
‘positive’, e essas pessoas saem levando para outras.”
No estado
de São Paulo, os números são mais altos do que os observados no resto
do país. De 3 a 9 de fevereiro, o estado apresentou taxa de 22%. Uma
semana após, subiu para 25% e, nos dias que compreenderam o Carnaval,
aumentou para 28%.
Com base em dados de outras variantes e
subvariantes do coronavírus, Levi afirma que o cenário atual deve ser de
um pico rápido de novos casos e com queda igualmente acelerada. Ele diz
acreditar que a taxa de positividade alcance em torno de 35% nas
próximas semanas.
Após isso, o número deve começar a cair em meadosde março, voltando então para um patamar mais baixo.