Pelo menos 10 pessoas foram mortas em uma comunidade do Guarujá, no litoral de São Paulo, durante a Operação Escudo, que foi deflagrada na sexta-feira (28) depois da morte de Patrick Bastos Reis, soldado das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), da Polícia Militar (PM). Um suspeito de matar o PM foi preso.
O ouvidor das polícias de São Paulo, Claudio Aparecido da Silva, informou que moradores do Guarujá relataram que os policiais prometeram matar ao menos 60 pessoas na comunidade Vila Zilda. Há relatos de torturas feitas por policiais na comunidade. Segundo o ouvidor, imagens das câmeras dos uniformes dos policiais serão solicitadas.

Na noite de quinta-feira (27), o soldado estava em patrulhamento na comunidade quando foi atingido a tiros no tórax por um sniper. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Outro policial que estava com ele foi baleado na mão.

O homem apontado como responsável pelos disparos, Erickson David da Silva, de 28 anos, conhecido como Deivinho, foi preso no domingo (30) na Zona Sul da capital paulista. Ele era o sniper usados por traficantes da comunidade, segundo a polícia.

O suspeito chegou a gravar um vídeo antes de ser pego pedindo para que o governador e o secretário de Segurança Pública "parassem com a matança". Ele também afirmou que se entregaria, mas que não tinha relação com a morte do policial.

Nas redes sociais, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que a justiça será feita e que nenhum ataque aos policiais do Estado ficará impune. O governador dará uma coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (31).

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