Uma criança de dois anos está internada no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, após ingerir soda cáustica no sítio da família em Eunápolis, no extremo sul da Bahia. Jasson Soares, o pai da criança, informou que a menino engoliu o produto porque teria pensado ser leite em pó.
Theo Caldas Santos está hospitalizado há cerca de um mês e precisa ser transferido para outra unidade de saúde, onde seria possível realizar exames específicos e continuar o tratamento. A ingestão de soda cáustica pode ocasionar lesão no esôfago, o que gera uma série de complicações de saúde.
De acordo com os familiares, no dia 19 de julho, a mãe de Theo usou a soda cáustica para desentupir o vaso sanitário e havia colocado o produto em um móvel da casa para guardar posteriormente. No entanto, a criança viu o produto e ingeriu.
Theo foi encaminhado para um hospital de Eunápolis, onde recebeu os
primeiros socorros, mas no dia seguinte foi transferido para o HGE, onde
segue internado. Ele estava se alimentando por meio de sonda gástrica,
mas, por causa de uma complicação, o aparelho precisou ser retirado.
Ainda
segundo os familiares, Theo precisa realizar o Estudo Constratado do
Estômago Esôfago Duodeno (Ereed) e a dilatação esofágica, porque a
queimadura causada pelo produto teria fechado o esôfago e os exames só
podem ser realizados em outra unidade de saúde.
Diego Caldas, tio de Theo, informo que o HGE teria solicitado a transferência da criança há 10 dias.
“Ele
questiona que está com fome e quer comer, mas não desce nada na
garganta. Precisamos com urgência fazer essa dilatação esofágica”, disse
o tio da criança.
De acordo com o pai da criança, Theo iria fazer uma endoscopia e
colocar novamente uma sonda gástrica na noite de terça-feira (22), mas
os médicos optaram em avaliá-lo novamente nesta quarta-feira (23), para
verificar a possibilidade de fazer uma cirurgia para minimizar os
impactos da queimadura.
Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado
da Bahia (Sesab) informou que há uma solicitação registrada no Sistema
da Central Estadual de Regulação e que os médicos regulares estão em
busca de uma unidade que atenda as necessidades da criança. (G1)