Um caminhão desgovernado matou quatro pessoas e feriu onze em uma estrada em Goiás.

O acidente envolveu 18 veículos, sendo três caminhões. O engavetamento foi na BR-414, entre Abadiânia e Anápolis, na região central de Goiás. A rodovia de pista simples passa por manutenção. Segundo testemunhas, o trecho estava em meia pista, no sistema pare e siga. Mas a carreta carregada de calcário perdeu o freio e atingiu os outros veículos.


“Ele vinha no meu rumo, de frente com o caminhão, e eu tirei o que deu. Ainda pegou nas caçambas. Não pegou na cabine, mas pegou nas caçambas”, conta o motorista José de Morais. A carreta só parou em cima da ponte, na frente do carro do empresário Sandro Moreti.

“Estou até com as costas meio dolorida. Um susto muito grande, mas eu nasci de novo”, diz. O motorista da carreta foi retirado das ferragens sem ferimentos.

“A gente já pode perceber que foi em alta velocidade que ele passou aqui e agora a perícia vai tentar averiguar qual foi o motivo dele estar trafegando com essa alta velocidade”, afirma Leandro Nascimento, coordenador da perícia.

Os carros ficaram completamente destruídos. O operador de carregadeira José Silva Rodrigues trabalha nas obras da rodovia e foi um dos primeiros a socorrer as vítimas.

“Coração abalado. Não sei nem o que falar. Tinha umas criancinhas e nós socorreu”, conta. Quem trafega pela rodovia diariamente já temia acidentes no local das obras.

“Quando a gente para o nosso carro, a gente ficava de olho no retrovisor com medo de descer alguma carreta desgovernada. Então, é uma tragédia anunciada”, afirma o funcionário público Eduardo Martins.

A Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal vão investigar se houve falha mecânica na carreta que causou o acidente e também se sinalização de “pare e siga”, instalada pela concessionária, estava no local adequado. A rodovia é toda de pista simples, cheia de curvas, subidas e descidas.

“A gente vai pegar relato de testemunhas, até os próprios funcionários da concessionária que estão prestando serviços. A gente vai levantar isso para ver se houve ou não algum tipo de falha”, diz Luciano Clemente, chefe da PRF de Anápolis. A concessionária Ecovias do Araguaia declarou que o local da obra estava devidamente sinalizado para o sistema pare e siga, e que a rodovia foi liberada para o tráfego. (G1)

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