O Desenrola Brasil, realizado pelo governo federal em parceria com bancos e outros agentes financeiros, negociou R$ 11,7 bilhões em dívidas em sete semanas, dentro da faixa 2 do programa, segundo balanço da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
Nesta faixa, voltada a quem tem renda entre R$ 2.640 e R$ 20 mil, débitos bancários são negociados diretamente com a instituição financeira em condições especiais e pagamento. Agora, o programa se prepara para a abertura da faixa 1, que deverá ser liberada no final de setembro, para renegociação de dívidas de quem ganha até dois salários mínimos, R$ 2.640, ou esteja inscrito no CadÚnico (Cadastro Único).
O Banco do Brasil iniciou o cadastro de credores na faixa 1 do Desenrola Brasil, que permitirá a renegociação de dívidas bancárias e não bancárias como conta de luz, água, varejo, educação, entre outras. Até agora, o número de contratos negociados chega a 1,6 milhão, beneficiando 1,250 milhão de clientes bancários. Além disso, houve a retirada do nome de mais de 6 milhões de consumidores dos cadastros de inadimplentes, que tinham dívidas de até R$ 100.
Para o presidente da Febraban, Isaac Sidney, “os bancos estão totalmente envolvidos e dando sua contribuição para que o Desenrola reduza o número de consumidores negativados e ajude milhões de cidadãos a diminuírem seu endividamento”.
O Banco do Brasil informou nesta semana que já está habilitado para cadastrar credores do Desenrola na faixa 1 assim que a nova fase for liberada. Será possível negociar contas de de luz, água, varejo e educação, entre outras. Para participar do programa, haverá uma plataforma onde o devedor se inscreve. É necessário ter cadastro no Portal Gov.br, que pode ser feito informando CPF e demais dados solicitados.
Para essa renegociação, o governo federal irá oferecer R$ 8 bilhões, por meio do FGO (Fundo de Garantia de Operações), como garantia para o funcionamento do programa. Desde o lançamento do Desenrola, o Banco do Brasil renegociou R$ 7,86 bilhões. A Ativos S.A., que faz parte do banco, negociou outros R$ 554 milhões, totalizando cerca de R$ 8,4 bilhões, beneficiando cerca de 847 mil clientes que tiveram acesso a condições especiais para renegociação de dívidas.
O cadastro na faixa 1 está liberado para pessoas jurídicas de direito privado que tenham realizado negativação de créditos entre o início de 2019 e o fim de 2022, vigentes até 27 de junho deste ano. Será possível receber à vista as dívidas habilitadas na faixa 1 do programa, desde que os débitos desses clientes sejam do período de 2019 até 31 de dezembro de 2022.
A faixa 1 permitirá o pagamento parcelado do débito em até 60 meses, com taxa de juros de até 1,99% ao mês. Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), atualmente 17 instituições financeiras realizaram o cadastro para participar do programa na faixa 1.
(Bahia.ba)