Teve início nesta terça-feira (5) a 6ª Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional da Bahia. Ao longo de dois dias, representantes do poder público e da sociedade civil, dos municípios que compõem os territórios da Bacia do Rio Corrente e Velho Chico, debaterão encaminhamentos para a erradicação da fome no estado.

Responsável pela organização da Conferência, Maiane Bonfim, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Assistência Social, conta que o encontro visa identificar os gargalos dos municípios para dar início às ações de combate à fome.

“A temática do combate à fome voltou e a gente espera refletir bastante sobre esse tema e levar boas propostas para a Conferência Estadual”, disse Maiane. A Conferência Estadual acontecerá entre os dias 17 e 19 de outubro e a Nacional entre 11 e 14 de dezembro.

Presente na Conferência, o coordenador do Bahia Sem Fome, Tiago Pereira, ressaltou que garantir a soberania alimentar é parte de um processo de reparação histórica. Segundo ele, essa reparação começa nos municípios, é viabilizada com o apoio do Estado, mas precisa contar com o apoio do governo federal.

Tiago apontou ainda que a Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional é o espaço de ouvir a sociedade, as lideranças e os movimentos sociais para a construção de uma agenda política que se transforme em orçamento público, melhoria de vida e dignidade.

“A presença do Estado nesse espaço é para apoiar e conhecer os saberes dos territórios, para que a gente consiga, em alinhamento com o governo federal, fortalecer o nosso sistema de segurança alimentar e nutricional”, afirmou.

Representante da cidade de Sítio do Mato na Conferência, a produtora rural e membro do Assentamento Reunida José Rosa, Maria Creuza Rocha de Souza, vê como algo de grande importância a retomada das ações de combate à fome.

“A fome dói e não deixa a gente ir para lugar nenhum. Então, eu peço que nossas autoridades abracem as políticas públicas e façam elas acontecerem”, pediu.

Segundo ela, a insegurança alimentar em sua região é muito visível tanto no campo quanto na cidade. Para Maria Creuza, a falta de estrutura na zona rural é um dos grandes responsáveis por esse quadro.

“Os produtores precisam de assistência técnica, estrutura de abastecimento hídrico, melhoria nas estradas. Porque sem isso fica difícil tanto produzir no campo quanto escoar os alimentos na cidade”, alertou.

Fonte:Ascom/BSF

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