O deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante) recuou e se posicionou contra o projeto que proíbe o casamento homoafetivo, em tramitação na Comissão da Família da Câmara Federal. O baiano, contudo, afirmou que é contra obrigar cristãos a realizar cerimônias no âmbito religioso.
“Que o povo cristão tenha o direito de não ser obrigado a fazer cerimônia do casamento que agrida nossa fé. O resto é pacificado, todos somos irmãos, sejam gays e lésbicas, e estamos convivendo”, declarou Isidório, para os aplausos da militância LGBTQIA+.
“[O casamento civil] é direito deles, são cidadãos. Não vou, por hipocrisia, votar contra direitos de garantia social, pois sei que, se Jesus estivesse aqui, não faria isso!”, acrescentou Isidório.

Em contato com o BNews, a assessoria de imprensa de Isidório reforçou que o pastor “não vota a favor do casamento” (mas não especificou qual). “Pastor nega, não vota a favor do casamento, ele apoia os direitos adquiridos. Mas não vota”, ressaltou.

Na semana anterior, Isidório cometeu crime de transfobia ao se referir a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) usando o pronome masculino e atacando transexuais. “Mesmo com as suas fantasias, homem, mesmo cortando a ‘binga’, não vai ser mulher. Mulher, tapando a cocota, se for possível, não será homem [sic]”, disse.

As falas de Isidório causaram polêmica na Bahia. O vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB), chegou a anunciar que chamaria o parlamentar para dar explicações sobre o caso. (BNews)

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