As mulheres ampliaram sua presença no total da população em relação aos homens, aponta o último relatório parcial do Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (27/10) pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Hoje, no Brasil, elas representam 51,5% (104,5 milhões), enquanto os homens somam 48,5% (98,5 milhões) de habitantes — são 6 milhões de mulheres a mais do que homens.
O número de homens em relação ao grupo de 100 mulheres está em 94,2, o
que mostra “que a tendência histórica de predominância feminina na
composição por sexo da população se acentuou”, segundo o IBGE. Em 1980,
eram 98,7 homens para cada 100 mulheres; número que caiu para 96 em
2010.
“Isso
está relacionado com a maior mortalidade dos homens em todos os grupos
etários: desde bebê até as idades mais longevas, a mortalidade dos
homens é maior. Além disso, nas idades adultas, a sobremortalidade
masculina é mais intensa", explicou a gerente de Estudos e Análises da
Dinâmica Demográfica do IBGE, Izabel Marri.
População por faixa etária
"E,
com o envelhecimento populacional, a redução da população de 0 a 14
anos e o inchaço da população mais idosa há um aumento da proporção de
mulheres, já que elas sobrevivem mais em relação aos homens”,
acrescentou.
Um
dado curioso é que a proporção de homens é maior nas pequenas
localidades, mas vai caindo na medida em que aumenta o porte
populacional dos municípios, partindo de 102,3 homens para cada 100
mulheres nos municípios com até 5 mil habitantes, chegando a 88,9 nas
cidades com mais de 500 mil habitantes.
Brasil está mais envelhecido
O
Brasil está envelhecendo rapidamente, enquanto o número de crianças
segue na direção contrária, de acordo com o último relatório parcial do
Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (27) pelo Instituo Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Em
doze anos (desde o Censo de 2010), a população de pessoas com 65 anos
ou mais representa 10,9% do total de habitantes do país (22,1 milhões),
uma alta de 57,4% em relação ao último Censo, quando o país tinha 7,4%
de idosos. No sentido contrário, o percentual de crianças até 14 anos
caiu 12,6% no período — de 45,9 milhões (24,1%) para 40,1% (19,8%).
Na
mediana, a idade da população brasileira ficou seis anos mais alta, de
29 para 35 anos, ratificando a tendência de “franco envelhecimento” da
população após a janela demográfica da última década, segundo análise do
IBGE. A idade mediana é um indicador que divide uma população entre os
50% mais jovens e os 50% mais velhos.
“O
índice de envelhecimento chegou a 55,2 idosos para cada 100 crianças de
0 a 14 anos. Em 2010, o índice era 30,7”, informou o órgão oficial de
pesquisa.