Diante dos esforços para garantir o melhor funcionamento dos seus sistemas de abastecimento, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) manteve-se vigilante no combate ao furto de água.

Na região Oeste da Bahia, onde a estiagem prolongada e as altas temperaturas predominam, o trabalho de combate a fraudes na rede distribuidora fez a diferença para que água tratada chegasse até as torneiras de quem paga pelo serviço nos momentos de alto consumo. 

Foram contabilizados, ao longo de 2023, a retirada de um total de 734 irregularidades na rede distribuidora, dentre ligações clandestinas, desvios de ramais e violações de hidrômetros. Dentre as 20 cidades atendidas na região, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e Formosa do Rio Preto representaram 88% do total dos furtos de água flagrados pelas equipes da Embasa no ano passado.  

Para o gerente de operação de água da Embasa, Pedro Henrique Oliveira, o furto de água é um dos principais fatores de desequilíbrio no fornecimento de água. “Como não está pagando, quem comete esse tipo de crime acaba utilizando o recurso de forma descontrolada e para muitos usos que fogem da finalidade básica do uso da água tratada, utilizando-a para irrigação, dessedentação animal, recarga de piscinas e tanques e até para criação de peixes”, afirma.   

Considerando que cada imóvel furtasse o equivalente a 10 mil litros de água por mês, estima-se que, em um ano, seriam perdidas e não contabilizadas cerca de 88 milhões de litros de água tratada, ou seja, aproximadamente 35 piscinas olímpicas. Para a gerente da Embasa de Barreiras, Catherine Franca, este tipo de fraude na rede distribuidora de água prejudica não somente a Embasa, mas toda a coletividade. Ela cita que, em setembro, durante o período de alto consumo, o furto de água na rede distribuidora prejudicou os moradores das partes altas dos povoados do Riachinho e da Baraúna.   

Catherine explica que, somente depois de uma ação de combate a perdas, foi identificado que a água furtada estava sendo direcionada para irrigar plantação e pastagem. “Apesar de todos os nossos esforços, é bastante difícil identificar as ligações clandestinas, diante da extensão quilométrica da rede distribuidora e das violações, que geralmente acontecem em local de difícil acesso. Até localizar e retirar estas irregularidades, o transtorno já aconteceu e a população se prejudica, pois fica sem água em casa. Por isso, precisamos do apoio da própria população para denunciar este tipo de prática”, reforça.   

Crime - Além da prática de furto de água ser considerada um crime contra o patrimônio público, passível de multa e prisão, a violação em qualquer ponto da rede distribuidora compromete a qualidade da água, pois expõe as tubulações à entrada de sujeira e partículas contaminantes e reduz de forma significativa a pressão na rede distribuidora. Em caso de suspeita de furto ou violação na rede, ramal ou no hidrômetro, a população pode denunciar de forma anônima pelo teleatendimento, no 0800 0555 195; e na Agência Virtual (https://agenciavirtual.embasa.ba.gov.br).

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