Por volta dos 48 anos, as mulheres do mundo inteiro começam um processo de menopausa, que para muitas é um momento de bastante ansiedade e tensão, no entanto, a condição tem sido cada vez mais desmistificada e normalizada por inúmeros profissionais e pacientes.

Em um bate-papo sobre a Menopaus, durante a semana da imprensa da América Latina, promovido pela Bayer, que ocorreu em São Paulo, esteve presente para conversar sobre o assunto o ginecologista Nilson de Melo, a jornalista e speaker de menopausa, Maria Cândida, e o diretor médico da Bayer e ginecologista Eli Lakryc.

De início, o Dr. Nilson começou detalhando sobre o significado do período da mulher. “É definida como a última menstruação, ela é retrospectivamente uma data apenas e o período envolve a Síndrome do Climatério, que é uma transição de período em que a mulher tem uma possibilidade de engravidar, o reprodutivo, para um período em que ela não tem mais possibilidade de engravidar, o não reprodutivo.”

De acordo com o ginecologista, a situação que define de fato o momento da rotina habitual são os sintomas que a menopausa traz para a mulher.

“Primeiro, a irregularidade menstrual, […] acompanhado de uma onda de calor […], insônia ou sono entrecortado, por que ela tem onda de calor à noite, ela acorda e tem dificuldade em dormir, aí o que acontece no dia seguinte, a capacidade de concentração de quem dormiu pouco cai e o rendimento dela cai. […] É muito comum redução de libido, a depressão que é muito frequente, quem tem depressão no pós-parto […] a chance de ter na menopausa é de 55% e todas alterações de humor”, especificou.

“Depois de um a dois anos, ela pode ter vagina seca, que na hora do relacionamento sexual dói, o libido diminui muito. E depois os problemas mais sadios, após a menopausa […] aumenta as doenças cardiovasculares, a questão das demências, osteoporose, são aspectos muito importantes, então vejam que o número de sintomas são grandes e qualidade de vida piora”, resumiu, acrescentando o aumento de peso por queda no metabolismo. “A qualidade de vida cai muito e ela em casa ela muda as vezes o comportamento, então é muito ruim.”

Em seguida, a jornalista Maria Cândida, que é conhecida por falar sobre o assunto nas redes sociais, relatou sua experiência ao passar pelo processo de menopausa e contou o que a ajudou a lidar com o período.

“Construir um estilo de vida, que é nutrição e exercício físico que vai ajudar muito, juntamente aos remédios [da terapia hormonal]. Bem-estar da sua cabeça, momentos felizes, sexo, que não temos vontade nenhuma, mas volta”, disse.

Ainda segundo Maria, outro método que a ajudou a prevenir os sintomas foi realizar um planejamento diário dos sintomas para conseguir mapear cada etapa.

Durante o bate-papo, o diretor médico da Bayer, Eli Lakryc, citou outra alternativa que tem sido bastante utilizada para a redução de sintomas. O Elinzanetant, um tratamento oral não hormonal, já está em fase final de estudo.

“Os resultados dos estudos apareceram agora em um Congresso Americano de Ginecologia Obstetrícia, outra parte desses estudos vão ser liberados agora em um Congresso em setembro e aí teremos essa nova possibilidade de tratamento dos sintomas vasomotores das mulheres que se encontram nesse período climatério”, adiantou.

Elinzanetant

Em ensaios de fase 3, o medicamento está sendo desenvolvido pela Bayer. Nos ensaios OASIS 1 e 2, participaram 396 e 400 mulheres, respectivamente, que estavam na pós-menopausa e tinham entre 40 e 65 anos. A pesquisa foi realizada em 184 centros de 15 países.

A droga se apresenta como o primeiro antagonista duplo do receptor da neurocinina-1,3 (NK-1,3), que é responsável pelos sintomas vasomotores (as ondas de calor).

Segundo Eli, os resultados das pesquisas são positivas nos três estudos de Fase III. Com isso, a Bayer submeterá os dados dos estudos OASIS 1, 2 e 3 às autoridades de saúde, com os primeiros lançamentos esperados para 2025.

Fonte: Portal A Tarde

Publicação em destaque

TELECOM PROVIDER - INTERNET CAMPEÃ