Nos primeiros sete meses de 2024, de janeiro a julho, 25 milhões de pessoas começaram a fazer apostas esportivas online no Brasil, uma média de 3,5 milhões por mês. Esse crescimento foi mais rápido do que a disseminação do coronavírus, que levou 11 meses para infectar a mesma quantidade de pessoas no país, de fevereiro de 2020 a janeiro de 2021.

Em cinco anos, 52 milhões de brasileiros já apostaram nas chamadas bets, e 48% são novos jogadores que começaram a apostar apenas neste ano. Os dados são de uma pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva entre os dias 3 e 7 de agosto. O número de apostadores é comparável à população da Colômbia e maior do que a de países como Coreia do Sul, Espanha e Argentina.

O perfil dos apostadores mostra que 53% são homens e 47% mulheres. Quatro em cada dez têm entre 18 e 29 anos, enquanto 41% têm entre 30 e 49 anos, e 19% têm 50 anos ou mais. A maioria (80%) pertence às classes sociais C, D e E, e 20% são das classes A e B.

Sete em cada dez jogadores apostam pelo menos uma vez por mês, e 60% dos que ganham usam parte do prêmio para novas apostas. Segundo Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, a facilidade de apostar pelo celular, a publicidade e o ritmo dinâmico do jogo atraem os jogadores. “A pessoa aposta em quem vai fazer o gol, se o gol será feito no primeiro ou no segundo tempo… Isso dá uma sensação de ganho, mesmo que no final ela perca mais do que ganhe”, afirma Meirelles.

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