Duas mulheres foram mortas na cidade de Edéia, a 120 quilômetros de Goiânia, a golpes de espada pelo marido de uma e ex-companheiro de outra. O suspeito, Renan dos Santos, confessou ter matado a sua esposa Luana e a sua ex-namorada Ana Júlia, após discussão motivada por ciúmes.

O crime ocorreu na tarde da quarta-feira (19).

Luana foi assassinada em sua própria casa, com golpes de espada, durante uma discussão com o marido, que, após o assassinato, foi até o local de trabalho de Ana Júlia, sua ex-companheira e também a atacou várias vezes com a mesma arma.


Ana Júlia foi socorrida e levada ao Hospital estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, mas veio a óbito dois dias depois, no sábado (21). Renan Santos usou uma arma de fabricação caseira, semelhante a uma espada para cometer o crime.


Conforme o delegado Daniel Moura, Renan já possuía a arma há alguns anos, mas não disponibilizou informações sobre como a adquiriu. O delegado ainda afirmou que o suspeito confessou o crime com frieza e admitiu ter assassinado a companheira e golpeado a ex-namorada.


QUEM ERAM AS VÍTIMAS?

Luana Meirelles tinha 28 anos e deixou três filhos: duas meninas, de 12 e 6 anos e um menino de 10, frutos de relacionamentos anteriores. Segundo uma prima, a mulher sonhava em ser psicóloga, mas nunca havia conseguido a estabilidade financeira para conseguir começar o curso.


Ana Júlia Ribeiro tinha 22 anos e trabalhava como vendedora de loja. Nas suas redes sociais, a mulher participava de brincadeiras para promover os produtos que vendia. De acordo com clientes, Ana Júlia era uma vendedora atenciosa e dedicada que estava “sempre alegre para atender”.


QUEM É O SUSPEITO?

Renan dos Santos tem 23 anos e tinha residência em Edéia na data do crime. Nas redes sociais, a prefeitura da cidade informou que o homem era funcionário do órgão, trabalhando com serviços gerais. Além disso, Renan tinha uma conta nas redes onde compartilhava vídeos de seu carro.


Segundo a Polícia Civil, Renan foi autuado por feminicídio e segue preso, à disposição da Justiça. Após a audiência de custódia, no dia 20 deste mês, foi determinada a manutenção de sua prisão. A defesa do suspeito afirmou que busca “a garantia de que ele responda o processo da forma que a lei determina”.

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