A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (25), o uso do medicamento Alecensa (alectinibe) para o tratamento de câncer de pulmão diagnosticado em fases iniciais. O medicamento, que já era utilizado no tratamento de casos avançados da doença, agora será disponibilizado também para pacientes em estágio inicial, diagnosticados com câncer de pulmão não pequenas células com alteração do gene ALK.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pulmão é a quarta neoplasia mais comum no Brasil e a que apresenta maior taxa de mortalidade. O alectinibe, desenvolvido pela Roche Farma Brasil, foi testado em um estudo internacional que envolveu 257 pacientes de 27 países. O estudo comparou a eficácia e segurança do alectinibe com o tratamento padrão, a quimioterapia baseada em platina, que é comumente usada para o câncer de pulmão não pequenas células metastático. Após três anos de tratamento, cerca de 90% dos pacientes que usaram o alectinibe permaneceram livres da doença.

a, líder médica da Roche no Brasil, explicou que o alectinibe é o primeiro inibidor de ALK aprovado para pessoas com câncer de pulmão em estágio inicial, após a cirurgia de remoção do tumor. “Este tipo de câncer é normalmente tratado com quimioterapia após a cirurgia, mas a doença costuma voltar, se espalhando para outras partes do corpo”, afirmou.

No Brasil, cerca de 85% dos casos de câncer de pulmão são do tipo não pequenas células, e aproximadamente 5% desses casos apresentam a mutação do gene ALK. A maioria dos pacientes com essa alteração são jovens, com menos de 55 anos, e, em sua maioria, nunca fumaram ou têm um histórico leve de tabagismo. A aprovação do Alecensa representa um avanço significativo no tratamento dessa condição.

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