O oeste da Bahia se prepara para uma disputa eleitoral histórica em 2026, que já se desenha como uma verdadeira batalha de titãs. Com uma população de 998.259 habitantes – 7,1% da população do estado da Bahia – e 35 municípios, a região, situada na margem esquerda do rio São Francisco, reúne Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério como seus centros mais influentes e conta com uma área de cerca de 117 mil km². No entanto, uma questão se apresenta como incógnita: será que o eleitorado da região pode realmente apoiar cinco candidatos de peso?
Oziel Oliveira, com sua experiência consolidada, entra no cenário político com um repertório extenso. Ex-prefeito de Luís Eduardo Magalhães por três mandatos e ex-deputado federal, ele já atuou em posições estratégicas, como diretor da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) e coordenador-geral no Ministério da Agricultura. Oziel traz para sua candidatura uma aliança de longa data com o agronegócio, assim como um histórico de serviços prestados à região, sendo, portanto, um candidato que pode canalizar o voto daqueles que valorizam uma representação experiente e voltada ao desenvolvimento agrícola e ambiental.
Carlos Tito representa o peso político de Barreiras. Ex-deputado federal e vereador por quatro mandatos, Tito tornou-se popular pela força com que defende a região na esfera federal, recebendo a maior votação da história local. Atuou em comissões como a de Agricultura e Meio Ambiente, além de ter liderado projetos que visam a melhoria da infraestrutura e transporte, consolidando sua imagem como um defensor da cidade de Barreiras. Tito foi vereador de Barreiras por quatro mandato sendo por duas vezes presidente da Câmara Municipal.
A presença de Zito Barbosa e Júnior Marabá na disputa reforça o caráter regional do embate, uma vez que ambos estão atualmente à frente das prefeituras de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, respectivamente. O engenheiro Zito Barbosa, prefeito em final de mandato em Barreiras, traz um histórico de gestão voltado ao urbanismo, enquanto Marabá, prefeito reeleito de Luís Eduardo Magalhães, simboliza uma liderança jovem, voltada ao progresso acelerado que sua cidade vem experimentando, mas ambos carregam o peso de suas administrações e o desafio de manter o apoio de suas cidades de origem.
Davi Schmidt, por sua vez, representa a força do setor privado e do agronegócio, setores vitais para a economia regional. Jovem empresário de sucesso e ex-presidente de entidades rurais, ele disputou a prefeitura de Barreiras em 2024 e retornará agora à disputa com o apoio daqueles que buscam uma gestão voltada à eficiência econômica e à representação direta do setor produtivo.Subscrições de notícias sobre finanças
Diante de um quadro tão amplo e diversificado, cabe ao eleitorado da região, formado por uma população espalhada em uma vasta área, decidir se é viável ou mesmo desejável sustentar a presença desses cinco nomes de peso na disputa eleitoral. Poderá a densidade populacional e o perfil demográfico do oeste baiano sustentar tal diversidade de candidatos e interesses?
Este dilema promete apimentar a campanha eleitoral de 2026, enquanto os cinco candidatos buscam angariar votos em uma região de forte conexão com o agronegócio e profundas raízes comunitárias. Alianças, antigas rivalidades e o equilíbrio entre Barreiras e Luís Eduardo Magalhães surgem como temas centrais, com cada candidato precisando demonstrar não apenas sua capacidade de liderança, mas também sua habilidade em articular interesses locais e regionais para vencer a “disputa dos titãs” que se desenha no oeste da Bahia.