Diante do quadro de saúde do presidente Lula (PT), os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Jorge Messias (AGU) assumiram as negociações para destravar emendas parlamentares e dar seguimento ao pacote fiscal que tramita no Congresso. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
Ao longo desta terça-feira (10), integrantes do governo disseram que a cirurgia de emergência de Lula e seu afastamento de Brasília não afetam o andamento das propostas prioritárias do Executivo.
De acordo com auxiliares, Lula fez o que poderia ter feito ao se comprometer com o pagamento das emendas e pedir esforço para votação do pacote, em reunião com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O encontro ocorreu na tarde de segunda (9), e Lula saiu de lá com queixas de dor de cabeça e mal-estar para realizar o exame, que mostraria a hemorragia cerebral. O presidente teve de fazer um procedimento de emergência, em São Paulo.
Dos quatro ministros que devem liderar as tratativas, destaca-se Rui Costa, segundo relatos feitos à Folha por integrantes do governo. O chefe da Casa Civil já participa de reuniões da articulação política com líderes e faz a ponte, do ponto de vista técnico, com os demais ministérios envolvidos no corte de gastos.
Os parlamentares esperam que o Executivo cumpra sua parte na promessa para avançar nas discussões das propostas do pacote fiscal.
Nesse ponto, Messias tem estado na linha de frente para costurar os termos que garantam a segurança jurídica para o andamento do acordo sobre as emendas. Ele também garante a interlocução azeitada com o STF, para impedir atritos entre os Poderes neste momento.
Na noite desta terça, antes da publicação da portaria que visa retomar o pagamento de emendas, Messias esteve no Supremo, conversando com ministros, segundo interlocutores.