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Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revela que o percentual de famílias endividadas no Brasil apresentou uma leve queda em janeiro de 2025, atingindo 76,1%. Apesar dessa redução de 0,6 ponto percentual em relação a dezembro de 2024 e de 2 pontos percentuais na comparação com janeiro de 2024, o estudo aponta para um cenário preocupante, com alta taxa de endividamento e inadimplência, especialmente entre famílias de baixa renda.
Principais pontos da pesquisa:
Endividamento: 76,1% das famílias brasileiras estão endividadas, o que significa que mais de três quartos da população possui algum tipo de dívida.
Inadimplência: 29,1% das famílias possuem contas em atraso, indicando dificuldades em honrar seus compromissos financeiros.
Impossibilidade de pagamento: 12,7% das famílias declaram não ter condições de pagar suas dívidas, o que pode levar à inadimplência e à restrição do crédito.
Comprometimento da renda: As dívidas comprometem, em média, 30% da renda familiar, o que significa que uma parcela significativa dos recursos das famílias é destinada ao pagamento de dívidas, limitando o consumo e a capacidade de poupança.
Endividamento excessivo: Um quinto dos endividados possui mais da metade da renda comprometida com dívidas, o que indica um alto grau de vulnerabilidade financeira.
Endividamento por faixa de renda: Entre as famílias que ganham até três salários mínimos, o endividamento aumentou para 79,2%, com 18,4% delas incapazes de quitar suas dívidas, evidenciando que a população mais pobre é a mais afetada pelo endividamento.
Perspectivas para 2025:
Apesar da melhora inicial observada em janeiro, a CNC prevê que o endividamento voltará a crescer ao longo de 2025, podendo atingir 77,5% das famílias e 29,8% de inadimplentes até o fim do ano. Essa projeção indica que a situação do endividamento das famílias brasileiras deve se agravar nos próximos meses, o que pode ter impactos negativos na economia do país.
Recomendações:
Diante desse cenário, é fundamental que as famílias brasileiras adotem medidas para controlar o endividamento, como:
Orçamento familiar: Elaborar um orçamento detalhado, registrando todas as receitas e despesas, para identificar os gastos desnecessários e as áreas onde é possível economizar.
Priorização de gastos: Priorizar o pagamento de dívidas com juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial, para evitar o aumento do endividamento.
Renegociação de dívidas: Buscar renegociar dívidas com credores, buscando prazos e condições de pagamento mais favoráveis.
Consumo consciente: Evitar compras por impulso e avaliar a necessidade de cada gasto antes de realizá-lo.
Educação financeira: Buscar conhecimento sobre finanças pessoais e aprender a administrar o dinheiro de forma mais eficiente.
Ao adotar essas medidas, as famílias brasileiras podem reduzir o endividamento e melhorar sua saúde financeira, contribuindo para a estabilidade econômica do país.