
Os preços dos ovos devem seguir em alta pelos próximos dois meses, até o fim da Quaresma, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A entidade explica que o aumento faz parte de uma “situação sazonal”, já que o consumo cresce no período em que muitas pessoas substituem a carne vermelha por proteínas brancas e ovos.
Além do aumento da demanda, os produtores enfrentam custos elevados. Nos últimos oito meses, o preço do milho – principal componente da ração das aves – subiu 30%, enquanto os custos de embalagens dobraram.
Outro fator que agrava a situação é o calor intenso, que afeta a produtividade das galinhas e reduz a oferta de ovos no mercado.
A inflação oficial do país subiu 0,16% em janeiro, segundo o IBGE, mas os preços dos alimentos continuam pressionados, com alta de 0,96% no setor de alimentação e bebidas.
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) alertou que, desde a segunda quinzena de janeiro, os preços dos ovos já subiram até 40% em algumas regiões do país. O consumidor tem recorrido mais ao produto devido ao aumento do preço das carnes, o que intensifica a procura.
Além disso, uma nova regra da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura reduziu o peso médio dos ovos em quase 10 gramas por unidade, alterando o custo-benefício do produto.
A Abras informou que segue monitorando a evolução dos preços e reforça a necessidade de equilíbrio no mercado para evitar impactos ainda maiores aos consumidores.