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  •  As mulheres apresentam índices mais elevados de endividamento em comparação aos homens, mas se destacam pelo maior comprometimento em quitar suas dívidas. É o que revela a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e pela Serasa.

    De acordo com o levantamento, divulgado pelo portal Agência Brasil, a diferença entre os gêneros diminuiu nos primeiros meses de 2025 em relação ao ano anterior. Mesmo assim, as mulheres continuam registrando uma taxa de endividamento maior, com 76,9%, enquanto os homens apresentam 76%.

    O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, atribui esse resultado à desigualdade salarial. “Isso vem diminuindo ao longo do tempo, e tem todo um processo de maior independência feminina no mercado de trabalho e dentro da estrutura familiar.

    Antigamente, a diferença era ainda maior, e elas dependiam muito mais do cônjuge ou de algum outro familiar. Então, o endividamento é maior porque aquela pessoa precisa de mais crédito, já que ela tem menos renda para conseguir lidar com seu dia a dia e sua vida”, explicou.

    Segundo a Serasa, 93% das mulheres participam das despesas familiares, e 33% delas são as únicas responsáveis pelas contas do lar — percentual que sobe para 43% nas classes D e E. Além disso, 40% das entrevistadas afirmaram priorizar o pagamento das dívidas, enquanto 25% fecharam mais acordos no Feirão Serasa Limpa Nome.

    A dificuldade de acesso ao crédito, apontada por 47% das mulheres, é um dos principais fatores para o endividamento. Dados mostram que 85% das entrevistadas já tiveram solicitações de crédito negadas. Os recursos buscados são, em sua maioria, destinados a cobrir despesas inesperadas (26%) e o pagamento de cartão de crédito (22%).


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