
Quatro pessoas morreram e outras 13 sofreram graves complicações neurológicas no Peru, após o uso de um soro fisiológico supostamente fabricado com defeito. A primeira ocorrência foi registrada no dia 21 de março, na Clínica Sanna, em Lima, onde dois pacientes faleceram após a administração do produto.
Segundo autoridades locais, o soro apresentava um nível de sal acima do permitido, o que provocou reações como inchaço cerebral e desequilíbrios nos níveis de sódio no sangue. A substância era usada para a diluição de medicamentos e lavagem de mucosas.
O produto foi fabricado pela empresa peruana Medifarma e distribuído para unidades de saúde em pelo menos quatro cidades do país. As vítimas estavam hospitalizadas para tratar diferentes condições, como câncer de mama e complicações pós-operatórias. Entre os pacientes afetados estão uma mulher de 46 anos, uma jovem de 24, uma idosa de 71 e um bebê de apenas um ano de idade.
O Ministério da Saúde do Peru suspendeu imediatamente o uso do soro e deu início a uma investigação criminal para apurar possíveis casos de lesão culposa agravada e homicídio culposo. A polícia também realiza diligências para coletar documentos e imagens das câmeras de segurança da clínica.