
A Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos reconheceu, por unanimidade, a condição de anistiada política da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). A decisão inclui o pagamento de uma indenização de R$ 100 mil, em razão das violações cometidas contra ela durante o regime militar.
Dilma foi presa em 1970, aos 22 anos, e relatou ter sido vítima de sessões de tortura durante o período em que esteve sob custódia. Também foi forçada a interromper o curso de Economia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a pedir demissão da Fundação de Economia e Estatística (FEE), onde trabalhava anos depois.
O pedido de anistia foi apresentado originalmente em 2002, mas a análise foi suspensa enquanto Dilma ocupava cargos públicos. Em 2022, durante o governo Jair Bolsonaro, a solicitação foi negada, sendo posteriormente reavaliada e aprovada em 2025.
Além do reconhecimento federal, Dilma Rousseff já havia sido anistiada em diferentes estados, com indenizações que totalizam R$ 72 mil, valores que, segundo ela, foram destinados a projetos sociais. Em 2023, a Justiça Federal também determinou o pagamento de R$ 400 mil por danos morais, embora tenha rejeitado o pedido de pensão mensal.